CTC divulga resultados segundo trimestre da safra 2024/25
O lucro líquido foi de R$ 48,03 milhões, representando um crescimento de 22,7%
Estudos indicam que o aumento das temperaturas em geral acelera o ciclo de vida e amplia a capacidade reprodutiva de Helicoverpa armigera. Isso torna seu manejo cada vez mais desafiador para agricultores em diversas regiões do mundo.
Pesquisadores avaliaram como diferentes cenários climáticos — especificamente variando temperatura, fotoperíodo e umidade — afetam as características biológicas da praga.
Por meio de uma meta-análise, o estudo sintetizou dados de 26 estudos para compreender como o aumento da temperatura influencia o ciclo de vida, taxa de desenvolvimento e capacidade reprodutiva da H. armigera.
Os resultados mostraram que a taxa de desenvolvimento da H. armigera é otimizada em temperaturas entre 32 °C e 35 °C. Elas resultam em um ciclo de vida mais curto e uma maior capacidade reprodutiva das fêmeas.
Quando a temperatura ultrapassa os 35 °C, no entanto, ocorre um desaceleramento no desenvolvimento, aumento da mortalidade e uma redução significativa na oviposição, sugerindo que temperaturas muito altas têm um efeito adverso na reprodução e crescimento da praga.
Para os ovos e larvas da H. armigera, o tempo de desenvolvimento diminui com o aumento da temperatura, sendo mais rápido entre 30 °C e 35 °C. A umidade e o fotoperíodo também influenciam as condições de desenvolvimento, sendo que uma umidade relativa de 65% a 75% e fotoperíodos equilibrados (ex.: 12:12 ou 16:8) são ideais para o desenvolvimento de diferentes estágios larvais.
Sob temperaturas moderadas (25 °C a 27 °C), a H. armigera mostrou aumento na capacidade reprodutiva, com maior número de ovos e período de oviposição. Esse efeito é menos pronunciado em temperaturas acima de 32 °C, onde a capacidade de postura das fêmeas diminui.
Para o ciclo de vida completo, temperatura próxima a 32 °C é a ideal, com uma umidade de 60% sendo favorável ao ciclo completo da praga.
A pesquisa destaca que o aumento de temperaturas globais poderá, a curto prazo, favorecer a adaptação e proliferação de H. armigera, especialmente em regiões onde as temperaturas médias anuais se mantêm dentro do limite favorável para seu desenvolvimento (20 °C a 35 °C).
Em contrapartida, a incidência de temperaturas extremas poderá atuar como um fator limitante para a expansão da praga em algumas regiões.
Esses resultados reforçam a importância de monitorar as mudanças climáticas e considerar variáveis como temperatura, umidade e fotoperíodo na formulação de estratégias de manejo integrado de pragas.
A compreensão detalhada dos efeitos da temperatura na H. armigera permite aos produtores antecipar possíveis surtos e planejar métodos de controle que reduzam a dependência de inseticidas, prática que a praga vem resistindo devido a sua alta adaptabilidade.
Mais informações podem ser obtidas em doi.org/10.3390/insects15110888
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura