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A Expedição Milho - levantamento técnico-jornalístico específico que discute as variáveis da cadeia produtiva do grão e seu impacto no mercado interno e na exportação, conclui, há alguns dias, a sondagem de lavouras de inverno no Centro-Oeste do país e constatou falta de espaço nos silos da região. A falta de estrutura para armazenamento da segunda safra de milho é um problema crônico e preocupa diversos produtores do Centro-Oeste, principalmente em MT.
Com potencial de produção de aproximadamente de 40 milhões toneladas de milho safrinha, o principal problema a ser enfrentado por produtores e poder público é como estocar parte da produção que ainda não foi comercializada, segundo a assessoria. “A supersafra de milho de inverno em 2012 fez com que as exportações se estendessem até janeiro deste ano”, explica Guilherme Haluska, analista de mercado da consultoria FCStone e integrante da Expedição Milho Brasil 2013.
De acordo com o analista, isto fez com que o milho disputasse espaço para exportação com a soja nos primeiros meses do ano. “Com esse atraso do escoamento, é provável que ainda haja estoques da soja quando a safra de milho começar a ser colhida”, alerta.
A assessoria da Expedição abre mão de dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), que revelam que a comercialização do milho está bastante atrasada em MT. “A estocagem será um fator crítico. Existe inclusive a possibilidade dos produtores pararem temporariamente a colheita do grão, por falta de espaço para armazená-lo”, explica o consultor.
No Oeste do Mato Grosso, apesar do milho ter sido semeado até o meio de março - fora da janela ideal de plantio, as lavouras surpreenderam com previsão de produtividade média de 85 sacas por hectare. No Sudeste mato-grossense, a falta de chuva por mais de 10 dias deve fazer com que a produtividade caia um pouco. Estima-se que sejam produzidas 100 sacas por hectare, 28 a menos do que no inverno passado.
Mercado
As constantes quedas no valor do milho preocupam os produtores, que esperam intervenção do governo. Os preços não param de cair em todo o estado e a tendência é negativa para a época de colheita. Hoje, a média de preço no estado está em cerca de R$ 15 por saca. Considerando o gasto de transporte para Sul/Sudeste ou Nordeste, principais consumidores do grão produzido no Centro-Oeste, o valor pago não cobre os custos, dizem os produtores.
No Oeste mato-grossense, a comercialização está parada e os compradores demonstram pouco interesse no produto.
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