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As exportações dos Cafés do Brasil, no primeiro trimestre de 2019, atingiram 9,97 milhões de sacas e receita cambial de US$ 1,30 bi, com o preço médio da saca de 60kg a US$ 131,08. Desse volume total exportado, 8,58 milhões de sacas foram de café arábica, 529,89 mil sacas de café robusta, 845,15 mil sacas de solúvel e apenas 3,13 mil sacas de 60kg de café torrado e moído. A despeito de ter havido um acréscimo expressivo no volume das exportações de 25,7% neste primeiro trimestre de 2019, se comparado com o mesmo período de 2018, o preço médio obtido por saca representou um decréscimo de 18,2%.
Com base na performance objeto desta análise das exportações de café no primeiro trimestre de 2019, pode-se estimar que se tais números forem extrapolados para o ano civil em curso, as vendas dos Cafés do Brasil para o exterior poderão atingir um recorde histórico de 40 milhões de sacas de 60kg neste ano. Entretanto, especificamente em relação ao desempenho do primeiro trimestre, constata-se que o ranking dos dez principais destinos dos Cafés do Brasil foram, em primeiro lugar, os Estados Unidos com a importação de 1,8 milhão de sacas de café (18,2%), em segundo vem a Alemanha com 1,7 milhão de sacas (17,2%), e, em terceiro, a Itália, com 1 milhão de sacas (10,5%).
Na sequência, em quarto colocado, figura o Japão com 760 mil sacas importadas (7,6%), em quinto, Bélgica com 544 mil sacas (5,5%), na sexta posição, Turquia com 339 mil sacas (3,4%), Reino Unido, em sétimo, com 317 mil sacas (3,2%), Federação Russa, em oitavo, com 260 mil sacas (2,6%), França, em nono, com 237 mil sacas (2,4%) e, em décimo, o Canadá, com 215 mil sacas (2,2%). Vale ressaltar ainda que, se for comparado o desempenho do primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado, constata-se que as exportações do café brasileiro apresentaram crescimento em termos de volume nos principais destinos. Entre os dez países citados, ressalta-se que os três que demonstraram maior crescimento na importação foram o Reino Unido (59%), Turquia (48%) e os Estados Unidos (36%).
Os dados e números que permitem realizar estas análises, entre outras, da performance da cafeicultura em nível mundial foram obtidos do Relatório mensal março 2019, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil - Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Conforme ainda o citado Relatório, em relação às exportações dos cafés diferenciados, os quais têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, também no primeiro trimestre deste ano, o Brasil exportou 1,8 milhão de sacas de 60kg, ao preço médio de US$ 166,02 por saca de 60kg, volume que representa 18,8% do número total do café brasileiro exportado para os diferentes destinos. Vale destacar que o preço médio dos cafés diferenciados exportados foi 38,3% superior ao preço médio dos cafés verdes naturais/médios, que foi de US$ 120,05 por saca de 60kg.
No caso específico dos cafés diferenciados, a receita cambial foi de US$ 312 milhões, o que equivale a 23,9% do valor total obtido com essas exportações. Os principais destinos dos cafés diferenciados foram os EUA, com 428 mil sacas (22,8% do total exportado no trimestre), seguido pela Alemanha, com 261 mil sacas (13,9%) e pelo Japão, com 242 mil sacas (12,9%). Na sequência, vem a Bélgica, com 184 mil sacas (9,8%); Itália, com 151 mil sacas (8%); Canadá, com 80 mil sacas (4,3%); Suécia, com 60 mil sacas (3,2%); Reino Unido, com 55 mil sacas (2,9%); Holanda, com 37 mil sacas (2%) e Coreia do Sul, com 33 mil sacas (1,8%).
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