Estados Unidos adquirem 20% dos Cafés do Brasil exportados para 119 países

Total de café brasileiro vendido ao exterior atingiu 33,27 milhões de sacas com receita cambial de US$ 4,81 bilhões no período de janeiro a outubro de 2021

19.11.2021 | 14:20 (UTC -3)
Embrapa
Total de café brasileiro vendido ao exterior atingiu 33,27 milhões de sacas com receita cambial de US$ 4,81 bilhões no período de janeiro a outubro de 2021. - Foto: Wenderson Araujo/CNA
Total de café brasileiro vendido ao exterior atingiu 33,27 milhões de sacas com receita cambial de US$ 4,81 bilhões no período de janeiro a outubro de 2021. - Foto: Wenderson Araujo/CNA

No período de janeiro a outubro deste ano de 2021, os Cafés do Brasil foram exportados para 119 países, cujas vendas totalizaram um volume físico equivalente a 33,27 milhões de sacas de 60kg e receita cambial de US$ 4,81 bilhões. Tal performance, a despeito de ser bastante expressiva neste momento peculiar de pandemia em nível mundial, representa queda de 6,3% do volume vendido ao exterior. Em contrapartida, denota acréscimo de 7% na arrecadação da receita, no comparativo com o desempenho das exportações da cafeicultura nos mesmos dez primeiros meses do ano anterior.

Neste contexto, um ranking dos cinco maiores importadores dos Cafés do Brasil aponta que os Estados Unidos têm-se mantido tradicionalmente como principal país importador, por ter adquirido 6,46 milhões de sacas, volume praticamente similar às 6,48 milhões de sacas compradas nos dez primeiros meses do ano anterior. Com esse volume, as compras norte-americanas corresponderam a 19,4% do que foi exportado aos 119 países no período em tela.

Na sequência, a Alemanha, que importou 5,47 milhões de sacas dos Cafés do Brasil, teve seu volume de importação equivalente a 16,5%, no período ora em destaque, apesar de registrar uma queda de 8,2% do número de sacas adquiridas, na comparação com o mesmo período anterior. Na terceira colocação, destaca-se a Itália, com a compra de 2,38 milhões de sacas, cujo volume físico representa uma queda de 7,7%; Bélgica, em quarto, com 2,27 milhões (-22,6%); e Japão, em quinto, com a aquisição de 2,074 milhões de sacas, volume que registrou um acréscimo expressivo de 12,5% na compra dos cafés brasileiros nos períodos comparados.

Conforme demonstrado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CECAFE no seu Relatório mensal de exportações, de outubro de 2021, no qual está se baseando esta análise e divulgação do Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café, o café da espécie arábica foi o mais exportado, nos dez primeiros meses de 2021, com a venda do equivalente a 26,77 milhões de sacas, as quais corresponderam a 80,5% do total.

E, adicionalmente, tal Relatório também informa que o café canéfora (robusta e conilon) teve 3,25 milhões de sacas embarcadas, o que representou 9,8% do total exportado no período, além dos segmentos do produto na forma de café solúvel, com 3,21 milhões de sacas (9,7%), e café torrado e torrado e moído, com 37.540 sacas (0,1%).

Exclusivamente no mês de outubro de 2021, o Relatório do CECAFE ressalta que as exportações brasileiras totais de café atingiram 3,43 milhões de sacas de 60 kg, o que representou uma queda de 23,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Contudo, com relação à receita cambial, essas exportações tiveram um crescimento de 11,3% na mesma comparação, saltando de US$ 564,7 milhões para US$ 628,5 milhões.

Por fim, vale destacar nesta análise, de acordo com os dados CECAFE, que dois países produtores de café também foram destinos importantes das exportações dos Cafés do Brasil, como é o caso da Colômbia, com a aquisição de 945,70 mil sacas, de janeiro a outubro de 2021, performance que representou substancial alta de 56,7% em relação às compras feitas no mesmo período anterior. E o México aparece com a importação de 787,48 mil sacas, apesar de representar uma queda de 12,5%, na mesma base comparativa.

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