Essere Group promove visita técnica em suas instalações em Olímpia

A produção de biológicos é uma das principais apostas do Essere Group, que planeja expansão no segmento; a nova unidade produzirá inoculantes, bionematicidas e bioinseticidas

09.11.2023 | 16:38 (UTC -3)
Cultivar, com informações de Luiz Voltolini

Nesta semana, a equipe da Revista Cultivar desembarcou em Olímpia, no Estado de São Paulo, em uma visita técnica às instalações das indústrias do Essere Group: Kimberlit Agrociências, voltada para a nutrição, bioestimulação e saúde vegetal; Bionat, que fabrica soluções biológicas para manejo integrado de pragas e doenças; e Loyder, fabricante de fertilizantes inteligentes. A comitiva composta por 11 profissionais da imprensa foi a primeira a realizar a visita nas três fábricas, apesar de a holding já promover visitas para produtores rurais e outros profissionais do campo.

A iniciativa fez parte das ações de apresentação da nova fábrica de bactérias da Bionat. O investimento foi de R$ 30 milhões, e possui potencial para tratar aproximadamente 10 milhões de hectares com os produtos à base de bactérias. Sua capacidade produtiva é de 80 mil quilolitros de produtos por mês, ou 880 mil a 900 mil quilolitros por ano.

Diferenciais da nova fábrica 

Com operação e produção totalmente moderna, a nova fábrica tem como diferencial o nível de assepsia, comparável ao de uma UTI. Além disso, a nova tecnologia não precisa de muito espaço para ser produzida, como as fábricas tradicionais. Ela está preparada para ser duplicada dentro de dois anos, com investimento previsto em torno de R$ 5 milhões.

A produção de biológicos é uma das principais apostas do Essere Group, que planeja expansão no segmento. A nova unidade irá produzir inoculantes, bionematicidas e bioinseticidas. O inoculante é destinado a lavouras de soja, milho, algodão e cana. Ele estimula o sistema radicular das plantas e facilita a absorção de nutrientes, como o fósforo. O bionematicida é para o combate ao nematoide em culturas como soja, milho, algodão, cana. O bioinseticida é destinado ao controle de lagartas na soja, milho, algodão, arroz, trigo e feijão.

Para o ano que vem, o Essere Group planeja investir entre R$ 8 e 19 milhões na ampliação da primeira fábrica da Bionat, que funciona no mesmo complexo. Ela produz biofungicidas e está em operação desde 2019.

Expectativas de mercado

O faturamento da Bionat, de R$ 45 milhões registrados em 2022, deve crescer para R$ 75 milhões neste ano e a expectativa é que em 2028 o faturamento da empresa atinja os R$ 500 milhões, representando 30% dos negócios do Essere Group. Esta projeção de crescimento se baseia no fato de que os produtos biológicos têm sido adotados como uma estratégia complementar no manejo de pragas e doenças. Em 2022, o Essere Group faturou R$ 445 milhões e prevê um faturamento em torno de R$ 600 milhões em 2023.

Álefe Borges, responsável pela pesquisa e desenvolvimento da holding, ainda destacou que para este ano está previsto o lançamento de um bionematicida fruto de pesquisas e desenvolvimento em parceria com a Esalq-USP. O produto é composto por duas cepas exclusivas de bactérias. “O mercado de bionematicidas já superou o de nematicidas químicos e representa 75% do faturamento do segmento”, comemorou. 

Com foco em inovação, a Bionat já é referência em soluções biológicas empregadas no SIM - Sistema Integrado de Manejo, e foi apontada como uma das que mais obteve registros de bioinsumos nos últimos anos. 

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