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Realizado no fim de abril, o workshop "Bioinsumos e Inovação", promovido pela Anpii Bio, reuniu em Curitiba representantes da indústria, órgãos reguladores e instituições de pesquisa para discutir os rumos do setor de bioinsumos no Brasil. Com foco em temas como controle de qualidade, regulamentação e avanços tecnológicos, o encontro foi considerado um marco por promover o diálogo entre diferentes elos da cadeia produtiva.
Especialistas da Embrapa, Anvisa, Ministério da Agricultura e universidades como Esalq/USP e UnB participaram de painéis técnicos que abordaram a produção de microrganismos, validação de eficácia, inovação e o cenário regulatório. Um dos temas centrais foi a regulamentação da Lei de Bioinsumos, aprovada em dezembro de 2024, que estabelece diretrizes para registro, comercialização e fiscalização desses produtos.
No dia seguinte ao workshop, os participantes visitaram as instalações das empresas Agrocete e Go Genetic, referências na produção de biológicos, para conhecer de perto os protocolos de controle de qualidade adotados.
Na avaliação da Anpii Bio, a nova legislação deve impulsionar o setor ao desburocratizar processos e promover práticas sustentáveis sem comprometer a segurança e a eficácia no campo. “O diálogo entre indústria, academia e governo é essencial para garantir a qualidade e o avanço dos bioinsumos”, destacou Júlia Emanuela, diretora da entidade.
Segundo dados da Anpii Bio, o setor movimentou R$ 5,7 bilhões na última safra e pode atingir R$ 9 bilhões até o fim da década. O Brasil já representa mais de 11% do consumo global de bioinsumos, com potencial de alcançar 16,4% até 2030. A entidade segue atuando para fortalecer o setor e tornar os produtos biológicos mais acessíveis, seguros e eficientes para a agricultura nacional.
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