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A ferrugem da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizie, continua sendo a doença mais preocupante aos sojicultores do Sul do Brasil e, sem dúvidas, a que mais tem causado prejuízos nas duas últimas safras nesta região. Atualmente, várias táticas de controle da Ferrugem asiática estão disponíveis e têm sido utilizada pelos produtores. Esse é um dos assuntos abordados durante a 17ª edição da Expodireto, em Não-Me-Toque (RS), pela Tropical Melhoramento & Genética (TMG), que está com estande na feira e mostra algumas de suas cultivares dotadas da tecnologia.
Conforme Osmair Mendonça, gestor de Desenvolvimento de Mercado e Sementes da TMG no Sul do Brasil, a severidade e o rápido desenvolvimento da epidemia durante as safras vêm provocando grandes perdas de produtividade. “Esses fatores desafiam produtores e pesquisadores a buscarem soluções mais eficazes. Contra a ferrugem da soja ainda não há uma solução definitiva ou isolada, mas sim, um conjunto de medidas, que, quando bem aplicadas, tornam possível a colheita sem perdas, mesmo sob alta pressão da doença”, destaca.
O gestor se refere a iniciativas como, por exemplo, o vazio sanitário, período em que o produtor não pode ter em sua lavoura plantas vivas de soja. A programação de plantio escalonado, combinado com o ciclo das cultivares e com a estrutura física e operacional disponível na propriedade para o manejo químico, também é outra medida amplamente difundida, de acordo com pesquisadores e consultores técnicos. Além dessas, é preconizado o uso correto de fungicidas eficientes no que diz respeito a combinação e alternância de diferentes modos de ação, dose, momento correto da aplicação e estádio fenológico da cultura; e a tecnologia de aplicação, onde estão incluídas a calibragem do equipamento, horário, temperatura e umidade adequadas.
Com o objetivo de trazer uma solução adicional ao manejo da ferrugem, desde 2012 a TMG oferece ao mercado cultivares com a Tecnologia Inox, que possuem genes de resistência a doença e apresentam alto potencial produtivo. Francisco Soares, diretor presidente da empresa, explica que os genes presentes nas cultivares Inox permitem maior tolerância à ferrugem e garantem maior estabilidade à produção de soja, quando associados às medidas bem aplicadas.
O fungo causador da ferrugem da soja tem alta variabilidade genética, já comprovada pela perda de sensibilidade a fungicidas que outrora eram eficientes, mas que vêm perdendo rapidamente o potencial de controle. O gestor de Pesquisa da TMG, Alexandre Garcia, ressalta que essa variabilidade tem preocupado muito a comunidade científica e as entidades ligadas a cultura da soja no País pela ameaça de inviabilizar as ferramentas de controle disponíveis. “Da mesma forma, a ameaça de perda da eficiência dos genes que compõem a tecnologia Inox é real e possível ao longo do tempo”, alerta ele.
Em busca da longevidade no controle da ferrugem, a TMG está desenvolvendo cultivares com dois ou mais genes de resistência, combinados em uma única variedade, conforme explica Francisco Soares. “O trabalho é desenvolvido para oferecer maior segurança ao produtor porque entendemos que nossas cultivares têm que ir além da produtividade”. Por outro lado, Soares destaca que o sojicultor também pode contribuir para preservar os genes de resistência presentes na Tecnologia Inox, utilizando todo o conjunto de medidas preconizadas. “O resultado final do manejo integrado da doença certamente contribuirá para maiores produtividades e o contínuo sucesso do negócio de soja”, coloca.
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