​Escolha correta de adjuvante agrícola impacta no bolso do produtor

Substância adicionada à calda de defensivos, evita desperdício e facilita controle de pragas e doenças

24.04.2017 | 20:59 (UTC -3)
Camila Castro

Alcançar um bom controle fitossanitário da lavoura é essencial para o desenvolvimento dos cultivos ao longo do seu ciclo produtivo. Adicionados às caldas dos defensivos, os adjuvantes agrícolas facilitam a aplicação do herbicida, permitindo uma maior cobertura da planta e menor grau de evaporação do produto. Com isso, evita-se o desperdício e potencializa-se o controle de pragas e doenças.

Na região de Leme (SP), o produtor de citros Orlandino de Abreu Júnior, também diretor da empresa Solo Sagrado, utiliza óleo mineral como adjuvante, nas caldas dos defensivos desde 2010, e tem conquistado resultados positivos em sua propriedade. "Com a aplicação do óleo conseguimos quebrar a tensão superficial da água, condicionando melhor a calda. Isso faz com que a área de cobertura do defensivo seja ampliada, desperdiçando menos produto e atingindo melhor o seu alvo", afirma.

De acordo com o engenheiro agrônomo Paulo Rodrigues, da Packblend, empresa que atua no setor do agronegócio, dentre as funções conhecidas do óleo mineral duas se destacam. "A primeira é a anti-deriva, onde a taxa de evaporação e os efeitos do vento são reduzidos garantindo assim uma melhor deposição das gotas sobre o alvo. A segunda função é de proporcionar um efeito emoliente/espalhante, ou seja, aderindo melhor gotas compostas também por outros produtos formulados, melhorando a distribuição sobre o alvo", conta. Além dos efeitos, destaca que o uso do óleo mineral se faz para todas as culturas, desde que o produtor esteja orientado por um profissional habilitado.

A melhoria na aplicação dos defensivos traz impactos positivos na rentabilidade das lavouras, conforme explica Júnior. "Isso vai refletir, sem dúvida, na produtividade. Um óleo de boa qualidade é essencial para controle de fungos, consequentemente a produção aumenta". O produtor ainda ressalta que na citricultura de mesa, a presença de manchas na casca inviabiliza que o produto vá para a mesa do consumidor, e na produção industrial a inexistência de doenças é essencial.

A utilização de óleo mineral como aditivo também acontece no cultivo de grãos. Segundo Ricardo Marcondes, gerente de vendas do Grupo Antunes, composto por diversos produtores de grãos da região de Avaré (SP), os resultados da aplicação são visíveis no campo. "Conseguimos alcançar o esperado do defensivo. O óleo se mistura bem com os demais produtos na aplicação, dissolvendo melhor", conta.

Alternativas

Para atender a demanda do produtor por um controle fitossanitário cada vez maior e efetivo, a Packblend trouxe uma solução em óleo mineral emulsionável pronto para ser adicionado às caldas de defensivo, chamado de Agefix. A tecnologia tem entre seus diferenciais o nível de estabilidade da emulsão e a compatibilidade com os principais defensivos.

No Paraná, os produtores de todos os tipos de cultura passam a contar com essa alternativa de aditivo no mercado, que foi lançada recentemente no estado, segundo maior produtor de grãos do Brasil. A tecnologia já é reconhecida em grandes polos agrícolas do país como São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, entre outros.

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