A avaliação foi um dos destaques no segundo dia do Congresso Brasileiro de Sementes, realizado de 12 a 15 de setembro, em Curitiba
15.09.2022 | 14:18 (UTC -3)
Imprensa Abrates
Não é fácil uma resposta e é quase um dilema avaliar qual o cenário do ensino e da pesquisa em ciência no Brasil. A professora da Universidade Federal de Lavras (UFLA), a doutora Édila Villela Von Pinho, é taxativa: “O cenário merece cuidado. É o momento de um olhar atento. É preciso seriedade e compromisso com a formação do estudante, desde a graduação, passando pelo mestrado e doutorado”.
Édila proferiu a palestra “Ensino e pesquisa em ciência e tecnologia de sementes”, na terça-feira (13/09), no Painel 5, do XXI Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes). O evento vai até quinta-feira (15), no Expo Unimed, em Curitiba. A realização é da Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (Abrates).
O painel foi moderado pela doutora Denise Cunha Fernandes Santos Dias, da Universidade Federal de Viçosa (UFV) . Entre os debatedores estiveram Gladir Tomazetti, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS) e os doutores Silmar Peske, diretor da SEED NEWS, e Geraldo Berger, da Bayer.
O número de estudantes brasileiros orientados por doutores é pequeno, já que a proporção desses titulados é algo em torno de 10 por 100 mil habitantes. É um resultado tímido comparado a países, como a Suíça, que lidera o ranking com cerca de 50 a 60 doutores por 100 mil habitantes.
“É comprovado que investir em ciência e ensino de qualidade é o caminho para o desenvolvimento de qualquer país. Os dados estão aí. Em trabalhos recentes, há uma correlação altamente positiva e direta entre o desenvolvimento dos países e o investimento em ensino e pesquisa de qualidade”, ressaltou a professora.
Édila destacou ainda que é preciso fazer uma gestão de estado do ensino e da pesquisa. Acrescentou que, enquanto estivermos pensando, em todos os níveis, gestões que não são de governo, teremos sempre gargalos.
A palestrante apontou também muitos desafios que precisam ser superados para aproximar a academia do mercado.
“O que tem acontecido, e é uma preocupação de quem está à frente dos programas de pós-graduação, é aproximar a academia cada vez mais do setor produtivo. Quando a gente fala aproximar mais do setor produtivo é desenvolver e transferir tecnologias para atender a demanda da sociedade. Qualquer resultado nosso tem que focar na qualidade de vida de uma população”, afirmou a professora.
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