Energia de biomassa será um dos focos do Congresso Florestal Paranaense

06.08.2012 | 20:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa

No Brasil, energia é um dos itens prioritários na lista de investimentos do governo federal. A segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento vai destinar R$ 116,2 bi a esse fim e no planejamento da matriz energética já foram incluídos investimentos em fontes alternativas de energia, como a de biomassa. Embora o país tenha potencial para expandir o uso desse tipo de energia, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) o recurso é aproveitado na maioria dos casos somente em indústrias, como fonte de energia térmica. Além disso, as indústrias geralmente produzem e consomem esse bem sem considerar a possibilidade de tornar o excedente um produto para fins comerciais.

Um cenário completo sobre o tema será apresentado durante o 4º Congresso Florestal Paranaense, de 10 a 14 de setembro em Curitiba (PR). Participam do painel a desenvolvedora de novos negócios da Tractebel Energia, Claudine Furtado, o professor da Universidade Federa de Lavras, Paulo Fernando Trugilho e o representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tólio Édelo Ribeiro.

Segundo o Balanço Energético nacional do Ministério de Minas e Energia, a siderurgia aparece em primeiro lugar no consumo de lenha para energia com cerca de 50 milhões m³/ano e, em segundo lugar, está o uso para fins domésticos, com quase 30 milhões m³/ano. No total a madeira atende 12% da demanda energética brasileira.

Uma infinidade de materiais provenientes de florestas plantadas considerados descartáveis pode ser reaproveitada para a produção de biomassa, como embalagens, raízes, casca, madeira velha, resíduos sólidos da celulose, entre outros. A Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa estima, porém, que pelo menos metade do potencial energético dos resíduos florestais seja desperdiçado.

A biomassa tem ainda a vantagem de não depender diretamente de fatores climáticos, como acontece com a energia solar e a eólica. Mesmo assim, a energia proveniente de resíduos agrícolas e florestais tem perdido competitividade, principalmente para a eólica. De acordo com Claudine, isso se deve ao fato de o país ter condições climáticas favoráveis, mas também à organização do setor que conseguiu baixar o preço do produto com a entrada de novos fornecedores e estímulos governamentais.

Para Claudine o setor de biomassa também tem condições de se tornar competitivo. “Investimentos no uso da palha da cana, parcerias com o setor elétrico, captação de recursos a menor custo e benefícios fiscais são algumas das ações que podem ser tomadas para melhorar o cenário”, enumera.

Congresso

O evento, cujo tema central é “Gestão Florestal: Produção, Conservação e Uso” é uma promoção da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Associação Paranaense de Engenheiros Florestais (APEF), Embrapa Florestas e cursos de Engenharia Florestal da UFPR, UNICENTRO (Irati) e PUCPR.

Patrocinam o evento as empresas Arauco, Berneck, Remasa, Kablin e Itaipu Binacional, além do Conselho Regional de Engenharia (CREA-PR), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e Instituto Ambienta do Paraná (IAP).

Serviço

Local: CIETEP – Av. Comendador Franco, 1341 – Jd. Botânico

Data: 10 a 14 de setembro de 2012

Informações: www.congressoflorestalpr.com.br

10 a 14 de setembro de 2012

Cietep – Curitiba/PR

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