Embrapa Rondônia recebe, pelo terceiro ano consecutivo, certificado de área livre para brucelose e tuberculose

02.07.2012 | 20:59 (UTC -3)
Renata Silva

A Embrapa Rondônia recebeu esta semana, do Mapa, o certificado de área livre para brucelose e tuberculose do Campo Experimental em Porto Velho. Este é o terceiro ano consecutivo que a área recebe o registro e a Empresa continua sendo a única em Rondônia a possuir a certificação.

O processo segue um rigoroso padrão instituído pelo Mapa em 2001, através Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT), que também introduziu a vacinação obrigatória contra a brucelose bovina e bubalina em todo o território nacional. “É fundamental termos nosso rebanho certificado sanitariamente dentro dos padrões exigidos pelo Mapa, com isso, também incentivamos os produtores do estado a fazerem o mesmo”, explica Fábio Barbieri, pesquisador da Embrapa Rondônia, que complementa dizendo que está sendo concluído o processo de certificação do Campo Experimental de Presidente Médici, que há dois anos possui o certificado.

Além do cuidado com suas áreas, a Embrapa Rondônia, através do Projeto Tecleite, está estimulando a adesão de outras propriedades ao PNCEBT, contribuindo para o processo de erradicação da brucelose e da tuberculose no estado. De acordo com Barbieri, nos próximos meses, uma das Unidades de Referência Tecnológicas para bovinocultura leiteira (URTLeite) do Projeto irá iniciar o processo de certificação, podendo ser mais uma área certificada em Rondônia.

Projetos como este, que incorporam o controle da brucelose e da tuberculose e difundem tecnologias, estimulam a entrada no mercado de produtos de origem animal com qualidade e baixo risco sanitário para os consumidores. Portanto, ter uma propriedade livre de brucelose e de tuberculose também é garantia de que todos os produtos oriundos do rebanho estão livres das doenças, trata-se de uma preocupação com a seguridade dos alimentos que saem do campo e chegam à mesa dos cidadãos.

Os testes de diagnóstico de brucelose são realizados exclusivamente em fêmeas com idade maior ou igual a 24 meses, e que foram vacinadas entre três e oito meses; e também em machos e fêmeas não vacinados a partir de oito meses de idade. Já os testes de diagnóstico para tuberculose devem ser realizados em todos os animais com idade igual ou superior a seis semanas.

Os procedimentos de certificação de propriedades livres de brucelose e de tuberculose obedecem aos princípios técnicos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), aceitos internacionalmente. O saneamento das propriedades que aderem à certificação de área livre é feito testando todos os animais e sacrificando os que acusarem resultados positivos para as duas doenças. Os testes são realizados em todo o rebanho até se obter três resultados sem animais reagentes positivos, no período mínimo de nove meses.

Terminado o período de testes a propriedade recebe o certificado de livre de brucelose e tuberculose e deve fazer a manutenção, cumprindo todas as regras e as normas sanitárias estabelecidas. Os testes devem ser repetidos anualmente em todos os animais e devem ser, realizados por médico veterinário habilitado, ou seja, aprovado em curso de treinamento reconhecido pelo Mapa.

Divulgação

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