Embrapa participa de fórum global sobre controle biológico de pragas na África

O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Ivan Cruz apresenta, na semana de 26 a 30 de junho, palestras em dois eventos que ocorrerão em Nairóbi, capital do Quênia, na África Oriental. Organizados pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o Fórum Global sobre Controle Biológico e o workshop de treinamento sobre controle biológico da lagarta-do-cartucho têm como objetivos compartilhar os resultados da pesquisa sobre o controle biológico; discutir o progresso, desafios e caminhos a seguir na expansão do biocontrole em cada região-alvo; e desenvolver um roteiro para ampliar o controle biológico na Ásia e África.

Segundo o convite enviado pela FAO, “o programa do fórum consiste em palestras principais, visitas de campo, sessões temáticas e uma sessão de resumo com recomendações de cada sessão temática. As sessões temáticas incidirão sobre agentes de biocontrole de artrópodes, microbianos e botânicos e semioquímicos”.

O fórum global de controle biológico é organizado em colaboração com o Icipe (Centro Internacional de Fisiologia e Ecologia de Insetos). O evento deve reunir cerca de 75 participantes, incluindo pontos focais nacionais dos países envolvidos na Ação Global da FAO, parceiros técnicos e especialistas de instituições de pesquisa e academia, parceiros de recursos e representantes do setor privado.

Lagarta-do-cartucho na África

De acordo com informações divulgadas na carta-convite enviada à Embrapa, a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) foi detectada pela primeira vez fora de sua área nativa em seis países da África Ocidental em 2016.

“Até 2022, a lagarta foi relatada em 78 países da África, Oriente Próximo e Ásia-Pacífico. A mariposa é uma praga generalista e a cepa encontrada fora de sua faixa endêmica utiliza principalmente o milho como hospedeiro primário. O impacto negativo da praga no rendimento do milho na área recém-invadida é imenso. Só na África, estima-se que a lagarta-do-cartucho cause perdas de produção no valor de US$ 9,4 bilhões por ano”.