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Cientistas do IAC buscam alternativas para os canavicultores enquanto trabalham no melhoramento genético da cana
O pesquisador da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) Vinicius Benites participou da audiência pública “Política de incentivo à indústria nacional de fertilizantes e bioinsumos”, na Comissão de Comércio, Indústria e Serviços da Câmara dos Deputados.
Vinicius iniciou sua fala mencionando a Caravana FertBrasil, lembrando que a Embrapa atua na questão da recomendação e boas práticas de uso de fertilizantes. “Entendemos que passando para o produtor rural o uso correto dos insumos já temos um ganho em relação à importação”, disse o cientista.
A Caravana FetBrasil encerrou sua fase 1, que englobou modelo, fundamentos e atualização, dividido em módulos (ferramentas para o planejamento agrícola, boas práticas para o uso de fertilizantes, novas tecnologias, tecnologias digitais e sistemas de informação e práticas de manejo para a sustentabilidade) direcionados aos grandes produtores de soja, milho e algodão, com 50 polos percorridos e mais de oito mil técnicos e influenciadores já treinados. A fase 2, que será iniciada em breve, terá seu foco na agricultura familiar.
Outro ponto no qual a Embrapa tem atuado é a criação do Grupo de trabalho para a elaboração de proposta de criação e monitoramento de implantação do Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas. Este centro está relacionado a P&D, olhando para frente, com planejamento até 2050, em desenvolver tecnologias alinhadas às nossas condições tropicais de solo e clima. Um grupo de trabalho está debatendo a governança, como o Centro vai atuar, quais suas competências e de onde virá o recurso para sua criação. O Centro tem várias instituições públicas e privadas até fora do Brasil.
“O Centro atende a alguns pontos, estamos debatendo os fertilizantes de base orgânica, lembrando que o Brasil é um grande produtor de carne, por exemplo e suínos e aves, que a quantidade de resíduos orgânicos produzidos no País é bastante significativa. Cerca de um quarto da demanda brasileira de NPK poderia ser suprida com o uso adequado dos resíduos orgânicos”, ressaltou Benites.
O Centro também tem como função potencializar os processos de granulação e produção industrial de NPK, trazendo tecnologias mais adequadas às nossas condições, além de tratar de bioinsumos e também do processamento de agrominerais. Sua sede será no estado do Rio de Janeiro.
Existem propostas também para centros regionais, em Campinas, Cuiabá, Londrina e Viçosa, formando um hub.
Vinicius também chamou a atenção para o fato de que a Embrapa possui uma posição oficial sobe ao uso de agrominerais silicáticos (remineralizadores). Segundo ele “não existe base científica suficiente para recomendar esses insumos como fonte de nutrientes, sobretudo de potássio ou condicionadores de solos para agricultura”.
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