A prática da inoculação, a utilização de bactérias para fixação biológica do nitrogênio, já é consolidada na cultura da soja, em substituição aos fertilizantes químicos. Uma nova possibilidade é a coinoculação, ou seja, a utilização de dois ou mais agentes microbiológicos benéficos à cultura.
Este foi o tema de estudo conduzido pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi), cujos resultados foram divulgados no Boletim Técnico "Benefícios da coinoculação de bactérias fixadoras de nitrogênio na cultura da soja".
A pesquisa avaliou a inoculação da bactéria Bradyrhizobium elkanii e a coinoculação com a bactéria Azospirillum brasilense, observando parâmetros de crescimento vegetal e nodulação na cultura da soja – isto é, a formação de nódulos nas raízes da planta para a fixação biológica de nitrogênio.
“Concluímos que a inoculação e a coinoculação elevaram significativamente o número e o peso dos nódulos fixadores de nitrogênio. Também houve aumento na atividade de fixação biológica que ocorre nos nódulos formados pela associação das raízes das plantas com as bactérias inoculadas”, explica a pesquisadora Gerusa Pauli Kist Steffen, uma das autoras da publicação.
O uso combinado dos bioinsumos avaliados também proporcionou aumento da massa fresca radicular e da parte aérea da soja, em comparação às plantas não inoculadas.
“As práticas de inoculação e coinoculação de bactérias fixadoras de nitrogênio na cultura da soja representam ferramentas tecnicamente viáveis para os produtores, capazes de potencializar a eficiência produtiva da cultura da soja e proporcionar maior sustentabilidade econômica e ambiental”, conclui Gerusa.
Acesse o Boletim Técnico no link abaixo:
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