Embrapa Meio Ambiente expõe na Agrishow

De 27 de abril a 2 de maio, a Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) estará presente na 16ª edição da Agrishow - Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, em Ribeirão PretoSP.

No estande, o produtor poderá conhecer um protótipo do motor multicombustível, mais rústico, de baixa tecnologia, um pouco mais potente e mais robusto dos já apresentados em outras feiras, mas com o mesmo mecanismo de funcionamento. Desta vez ele vai acionar apenas uma bomba d'água, explica o pesquisador Aldemir Chaim, idealizador do invento. “Esse motor, diz o pesquisador, transforma qualquer fonte de calor em trabalho útil. Ele apresenta potência inferior aos motores tradicionais que utilizam gasolina, álcool ou diesel, mas, apesar disso, tem a vantagem de poder utilizar qualquer tipo de combustível renovável que gere calor, inclusive a radiação solar, contribuindo desta forma, para redução de emissão de poluentes para a atmosfera.”

Além do motor, os visitantes também poderão ver o funcionamento do bocal eletrostático acoplado a pulverizadores costais. “Nesse equipamento, o agrotóxico passa por um processo de eletrificação que faz com que as gotas sejam atraídas pelas plantas. Com isso, ocorre uma economia do líquido”, explica Chaim, responsável pelo projeto, Aldemir Chaim. Segundo ele, pelo processo convencional, cerca de 70% do veneno é desperdiçado. Com o bocal, somente 30% do produto é perdido. Outra vantagem da tecnologia, além da economia, é a redução do risco de contaminação do meio ambiente e dos profissionais que fazem a aplicação do defensivo.

Um protótipo de um coletor solar, equipamento que utiliza a energia solar para desinfestar misturas de solo utilizadas em viveiros de plantas, com a finalidade de produzir mudas livres de microrganismos prejudiciais ao seu desenvolvimento também estará exposto.

É extremamente simples, barato e pode ser construído pelo próprio usuário, explica a pesquisadora Raquel Ghini. O mecanismo de funcionamento é o mesmo de um aparelho de energia solar para aquecer água nas residências, mas neste caso o calor produzido tem a finalidade de eliminar fungos, bactérias e algumas plantas daninhas, pois são todos sensíveis ao calor. Esse coletor substitui o uso do gás brometo de metila, que além de caro e perigoso, está proibido para o usuário por ser prejudicial ao meio ambiente.

Cristina Tordin

Embrapa Meio Ambiente

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