A Embrapa lançou nesta sexta-feira, 18/02, a nova cultivar de arroz irrigado, a BRS A705, ciclo curto e com benefícios de produtividade e economia de água e assina convênios de cooperação técnica com o Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (IBRAVAG) e RiceTec, na 32ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos de Terras Baixas (AOCA), encerrando o terceiro e último dia de evento na Estação Experimental Terras Baixas (ETB) da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas/RS. Às 14h, acontece a abertura oficial do evento, que contará com a colheita da lavoura demonstrativa de arroz com máquinas das empresas parceiras e a presença de autoridades e lideranças regionais e do país. A diretora-executiva de Inovação e Tecnologia, Adriana Regina Martin, representando o presidente da Empresa, Celso Moretti, participa do ato solene. O evento é uma ação conjunta com a Federarroz e apoio do IRGA e há quatro anos se realiza nas dependências da Unidade de Pesquisas.
A BRS A705 é precoce. As plantas são do tipo modernas, distinguem-se das demais cultivares pela altura de plantas, sendo de cinco a dez centímetros mais baixas que as cultivares comerciais. Apresenta grãos longos e finos, com excelente qualidade industrial e culinária. A variedade apresenta alto potencial de produtividade, em torno de dez toneladas por hectare, e ciclo curto, o que proporciona economia no uso da água de irrigação. O porte baixo da cultivar, confere resistência ao acamamento de plantas.
“Ela é uma evolução da BRS Pampa e o setor produtivo demandava uma cultivar que apresentasse flexibilidade no manejo. Aliamos produtividade, qualidade de grãos e a resistência ao acamamento para atender ao sistema de produção convencional", fala o pesquisador da Embrapa Ariano de Magalhães Júnior, responsável pelo melhoramento genético da cultivar. Mais informações da cultivar aqui.
Serão assinados dois convênios de parceria público-privada. O primeiro é o protocolo de intenção com o Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag). As ações prevêem a realização de cursos de atualização para agrônomos e técnicos em agropecuária sobre práticas de aplicação de produtos agrícolas, em culturas que predominam na região Sul, utilizando aviação agrícola, bem como treinamento de pilotos. Veja conteúdo aqui.
Já a segunda parceria é a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica com a RiceTec. As ações preveem trabalhos de pesquisa em manejo da água para cultivares de arroz irrigado para verificar os reflexos na ocorrência e controle de plantas daninhas e no potencial de emissão de gases de efeito estufa.
As assinaturas serão feitas pela diretora-executiva de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Adriana Regina Martin, o chefe-geral, Roberto Pedroso de Oliveira, e o conselheiro do IBRAVG e representante do presidente da entidade, Alan Sejer Poulsen, e o diretor-executivo,da RiceTec, Edgar Alonso Torres. A cerimônia acontece junto ao ato de lançamento da nova cultivar, no estande institucional, na área de expositores do evento.
A AOCA é um evento para desenvolver e integrar o setor agrícola da Região Sul do Estado do RS e debater sobre a cadeia produtiva do arroz e grãos em terras baixas, além de ser a maior, dentre todas as aberturas de colheita de grãos das Américas. O evento ocorre nos formatos on-line e presencial, reunindo produtores de diversas regiões do país e do exterior, engenheiros agrônomos e técnicos, agentes políticos, as principais instituições de pesquisa e ensino, além das empresas que mais investem em tecnologia agrícola para terras baixas no mundo.
A 32ª edição tem como tema central “A Produção de Alimentos no Pós-Pandemia - Novos Patamares, Novos Desafios”. São três dias de Roteiro Técnico nas Vitrines Tecnológicas, Palestras, Fóruns, Reunião da Câmara Setorial Nacional do Arroz, Feira e Homenagens “Pá do Arroz”, culminando com o Ato Oficial da Abertura da Colheita. Este ano, a Embrapa retoma seu espaço ao colher uma de suas cultivares, a BRS Pampa CL, dividindo a área com a cultivar IRGA 431 CL.
A presença da Empresa está em quatro espaços dentro da programação do evento: vitrines tecnológicas em arroz, soja e milho, com roteiros guiados; vitrines tecnológicas em ILP; estande institucional com programação diária; e lavoura demonstrativa da colheita oficial do grão. Todas as tecnologias apresentadas pela Embrapa Clima Temperado estão voltadas à cultura do arroz irrigado, diversificação de culturas e o sistema de ILP.
As vitrines tecnológicas com roteiros guiados estão apresentando as cultivares de arroz irrigado oriundas de seu programa de melhoramento genético: BRS A705 ( o lançamento), BRS Pampa CL, BRS Pampeira, sob manejos específicos para os sistemas de integração lavoura-pecuária em terras baixas.
Como alternativa à diversificação de culturas, a Empresa faz a demonstração das cultivares de soja BRS 6203 RR e BRS 5804 RR e as tecnologias de manejo de solo para terras baixas, como camalhões de base larga e sulco-camalhão, este último viabilizando tanto a drenagem superficial quanto a irrigação de cultivos de sequeiro em rotação ao arroz irrigado. Manejos diferenciados das culturas de soja e milho para terras baixas mostram sua viabilidade para a diversificação da produção neste ambiente.
Ao chegar ao último dia do evento, é ainda possível realizar o roteiro guiado, que acontece das 7h30 às 13h e as visitas são abertas ao público, das 8h às 18h.
Nesta edição a Embrapa apresenta a integração de tecnologias seja em lavouras ou na programação técnica com a participação de nove Unidades de Pesquisas: Agricultura Digital, Arroz e Feijão, Clima Temperado, Cerrados, Gado de Leite, Pecuária Sudeste, Pecuária Sul e Soja e Trigo.
O último dia de programação técnica traz o Painel Perspectivas da tecnologia sulco-camalhão na produção de soja e milho em rotação com arroz irrigado, com a moderação do coordenador técnico da ETB e pesquisador, André Andres. Serão apresentadas a tecnologia e os resultados do trabalho, que está alcançado a terceira colheita, pelo pesquisador da Embrapa Clima Temperado, José Barbat Parfitt, e pelo engenheiro agrônomo da Centeno Agrointeligência, Amilcar Centeno. Durante o Painel acontecerão os depoimentos ao vivo dos participantes do projeto, com Paulo Nolasco, do Grupo Quero-Quero de Jaguarão/RS; e Gilberto Raguzzoni - RT Agro de Dom Pedrito/RS; e no formato virtual, de Daniel Höerbe, da Fazenda Palmeira de Cachoeira do Sul/RS. A atividade está marcada para às 9h30, no estande institucional, na área de expositores do evento.
O Projeto possui estande próprio no evento e está apresentando uma nova semeadora elaborada para atender a tecnologia do uso do sulco-camalhão, a MF 500 Solo+
Foi retomada nesta edição também a realização da Reunião Nacional da Câmara Setorial do Arroz e durante a semana foi feita pela primeira vez no evento, no dia 15, a Reunião do Fundo Latinoamericano do Arroz (FLAR), com a participação de representantes de 30 países, que permanecem até o último dia da AOCA.
Em paralelo, no dia 17, pela manhã, nas dependências da Sede da Embrapa Clima Temperado, a diretora Adriana Regina Martin, liderou a Reunião do Comitê Assessor Externo (CAE) da Unidade de Pesquisas. Esta Reunião contou com a participação do secretário executivo da Comissão, o chefe-geral Roberto Pedroso de Oliveira e os membros do Comitê.
Roberto Pedroso apresentou os principais resultados alcançados, desafios, tendências e a agenda de PD&I da Unidade. Logo após, os cinco membros do CAE realizaram suas manifestações identificando oportunidades, desafios e ações para a Embrapa Clima Temperado.
Os membros participantes são: o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e sócio-proprietário do Grupo Amaggi, Blairo Borges Maggi; o presidente do Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas da Lagoa Mirim e Canal São Gonçalo, Fábio Avancini Rodrigues; o vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Fernando Rechsteiner; o produtor e conselheiro da Associação Brasileira de Gado Angus, Luiz Eduardo Batalha; e o chefe-geral da Embrapa Florestas, Erich Gomes Schaitza.
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4% da área cultivada já está em maturação, outros 44% em enchimento de grãos, 37% em floração e 15% ainda em germinação e desenvolvimento vegetativo
Além de favorecer as infecções dos frutos pelo fungo causador da doença, esses períodos chuvosos mais intensos também podem comprometer a eficiência de controle, bem como o programa de proteção adotado nas fazendas de citros
