Embrapa investe em infraestrutura de Campo Experimental no Ceará

06.05.2009 | 20:59 (UTC -3)

Criação de uma unidade de gerenciamento de resíduos, obras de modernização na sede administrativa e instalação de uma minibiblioteca para servir à comunidade. Estas melhorias marcam a reinauguração do Campo Experimental de Pacajus (CEP), da Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza/CE).

A solenidade acontece no dia 8 de maio, sexta-feira, às 9h, com a presença de autoridades, empregados da Unidade e representantes do Município de Pacajus.

Segundo o chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Vitor Hugo de Oliveira, muitas das tecnologias agrícolas e agroindustriais aplicadas na Região Nordeste foram desenvolvidas no Campo Experimental de Pacajus. “A importância estratégica deste espaço de pesquisa é inquestionável. A própria história do cajueiro-anão precoce está diretamente vinculada à criação do CEP”, explica Vitor Hugo. É lá, também, que está instalado o maior banco de germoplasma de cajueiro-anão precoce do mundo, com mais de 600 acessos, muitos deles oriundos de várias partes do mundo. “Este é um patrimônio do qual podemos nos orgulhar”, diz o chefe-geral.

A modernização da sede inclui um auditório para realização de cursos e seminários, além de novos espaços para reuniões, conexão com internet banda larga e novo sistema de refrigeração.

A minibiblioteca vai reunir obras com informação e tecnologias compatíveis com a realidade rural brasileira. O acervo conta com 108 títulos de publicações impressas (dois exemplares de cada), 40 títulos do programa de rádio Prosa Rural e 38 vídeos do programa Dia de Campo na TV, produzidos pela Embrapa Informação Tecnológica. A comunidade terá acesso a materiais que ensinam técnicas de cultivo, manejo e aproveitamento de produtos naturais em agroindústrias familiares e ainda reforça conceitos de educação ambiental entre a população local.

Resíduos tratados

O Campo Experimental de Pacajus passa a contar com uma unidade de gerenciamento de resíduos (Gerecamp). O Gerecamp tem como objetivo evitar a contaminação ambiental e humana com resíduos de defensivos agrícolas. O espaço é composto de salas para armazenamento, manipulação, higienização pessoal e descarte para defensivos agrícolas, além de caixa para captação de resíduos e plataforma para trator.

O supervisor do campo experimental, Raimundo Nonato Martins de Sousa, explica que o Gerecamp foi planejado de forma a englobar todas as etapas de utilização dos defensivos. “As novas instalações permitem, inclusive, que os empregados lavem as roupas no próprio local, evitando levar qualquer resíduo de defensivo para casa”, detalha.

Um pouco de história

O Campo Experimental de Pacajus foi criado em 1956 e pertencia aos extintos Instituto de Fermentação e Instituto de Pesquisa e Experimentação Agropecuária do Nordeste. A partir de 1974, o campo passou a integrar o sistema Embrapa, com a Unidade de Pesquisa de Âmbito Estadual de Pacajus. Foi cedida em comodato à extinta Epace (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Ceará) até 1987, quando foi criado o Centro Nacional de Pesquisa do Caju, que passou a chamar-se Embrapa Agroindústria Tropical. Com um total de 200 hectares, o CEP possui diversos experimentos de pesquisa ligados às áreas de monitoramento de pragas e doenças, irrigação, adubação e novas cultivares de fruteiras tropicais.

Teresa Ferreira e Verônica Freire

Embrapa

(85) 3391 7117 /

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