ES: Comissão defende preço mínimo da saca de café conilon

05.05.2009 | 20:59 (UTC -3)

Os deputados da Comissão de Agricultura, de Aquicultura e Pesca, de Abastecimento, e de Reforma Agrária da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), defenderam um preço mínimo da saca de café conilon.

O governo federal, através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pretende anunciar a liberação de R$ 900 milhões para a realização de leilões de opções públicas para a compra de café arábica, com o preço mínimo da saca a R$ 320,00.

Em reunião realizada nesta terça-feira (05), os deputados propuseram uma audiência com o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para que seja feita uma resolução para estabelecer também, um preço mínimo na saca de café conilon. O Espírito Santo é hoje o maior produtor de café conilon do Brasil.

O presidente da Comissão de Agricultura, deputado Atayde Armani (DEM), defende a criação de uma Gerência de Desenvolvimento da Cafeicultura, na estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). “É preciso uma gerência exclusiva, que teria entre outras atribuições a de coordenar e facilitar a articulação entre os envolvidos nos diferentes elos da cadeia produtiva do café, como é o caso agora dos produtores e torrefadores” defende o deputado Atayde Armani.

“Eu tenho certeza que essa situação só vai ser resolvida quando tivermos um preço mínimo do café conilon como garantia. Infelizmente a maioria dos produtores tem que vender 50% no mínimo de sua produção de café nessa época para poder bancar o custo da mão de obra de colheita, secagem e pilagem. E cinquenta por cento da produção hoje, de café conilon no Estado, gira em torno de 4 milhões”, informa ainda o presidente da comissão.

Para o deputado Freitas (PTB) é preciso fazer um movimento para não permitir que o produtor venha pagar um ônus tão grande de ter que vender o seu produto a um preço que custa só na produção cerca de R$150 a saca. “A única suposição que esteja acontecendo nesse momento é uma carterização por parte das torrefadoras. Talvez fossem as únicas beneficiadas nesse momento estabelecendo a saca a um preço de 170 reais”, defende o deputado Freitas.

“Esse é o momento da comissão se reunir com o ministro da agricultura para poder defender o pequeno produtor, na tentativa de também criar uma resolução para por um preço mínimo de café conilon. Porque a colheita já começou em abril e, tendo o produtor já tantas dificuldades na produção no campo, ele está tendo que vender a saca a um preço de R$170, preço este muito baixo”, destaca o deputado Luciano Pereira (PSB).

Simone Sandre

Assessoria da Imprensa da Comissão de Agricultura da Ales

(27)3382-3735

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