Embrapa investe em estudos de genômica e biotecnologia com amendoim

A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia possui o maior Banco de Germoplasma de Arachis (amendoim) do Brasil em espécies silvestres, com mais de 600 acessos representando aproximadamente 80 espécies.

Além disso, possui um grupo forte de pesquisa em genômica e biotecnologia de amendoim focado no desenvolvimento de ferramentas capazes de gerar variedades mais nutritivas, produtivas e resistentes a doenças e estresses ambientais.

Este ano, há um novo projeto de pesquisa sendo iniciado em parceria com o IAC – Instituto Agronômico de Campinas e Universidade de Brasília – UnB, entre outros parceiros para intensificar ainda mais esses estudos e unificar as pesquisas de amendoim no Brasil.

Segundo a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Soraya Bertioli, o amendoim é uma das leguminosas produtoras de grãos mais plantadas em todo o mundo, devido ao seu alto conteúdo de proteína e óleos insaturados. É extremamente importante na alimentação dos povos de alguns países da América Latina, da África e Ásia. Tem um importante papel social, na segurança nutricional e na sustentabilidade da agricultura em áreas áridas e semiáridas de diversos países dos cinco continentes.

Pela importância econômica dessa cultura, é fundamental investir em pesquisas de biotecnologia e genômica para tornar a cultura do amendoim mais competitiva em vista dos desafios crescentes de aumento de pressão demográfica e escassez de recursos naturais, ligando estas atividades ao melhoramento, na busca de variedades mais produtivas e mais adaptadas às mudanças climáticas. Essas ferramentas podem contribuir significativamente para sustentar o aumento da demanda de produtividade por hectare, sem ampliar a fronteira agrícola. Uma nova estratégia, como explica a pesquisadora, é ampliar a base genética da cultura de amendoim, que é bastante estreita, através do cruzamento com parentes silvestres e realizar seleção assistida utilizando ferramentas moleculares.