Farsul está presente no Congresso Mundial do Trigo
Teve início nesta terça-feira (18) e segue até sexta (21) a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2011, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Em sua oitava edição, o evento tem como objetivo mobilizar a população, em especial crianças e jovens, em torno de temas e atividades científicas e suas aplicações. Em 2010, atraiu mais de 160 mil pessoas e em 2011, espera-se um público ainda maior.
A Embrapa estará presente com tecnologias que ajudam os produtores a combaterem os efeitos das mudanças climáticas na agricultura. Tecnologias que desenvolvem cultivares mais tolerantes à seca e ao calor, sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta, controle de fungos, banco de sementes e zoneamento agrícola são alguns dos destaques que o visitante da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia terá a oportunidade de conhecer ao visitar o evento.
O banco de sementes guarda sementes que existem hoje para garantir seu uso no futuro. É isso que a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF) vai mostrar. Caso uma cultura seja destruída por causa de queimadas, guerras, catástrofes naturais como terremoto e enchentes, ainda existirão sementes dessa cultura para plantio no banco, garantindo o futuro das próximas gerações.
A Embrapa Cerrados (Brasília, DF) estará presente na edição 2011 da Semana de C&T com a integração Lavoura-Pecuária-Floresta. É um sistema de produção onde espécies arbóreas (como pinus, eucalipto ou acácia, por exemplo), cultura anuais (como soja, milho, algodão, arroz ou feijão) e pastagem são cultivadas em uma mesma área simultaneamente, com a presença do gado.
Essa integração garante maior produção de cereais, carne, leite e madeira, e é importante com tecnologia de diminuição das emissões de gases de efeito estufa e para conservação do meio ambiente.
A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariuna, SP) irá apresentar as inovações tecnológicas utilizadas no combate à fungos. O oídio é um fungo que ataca várias culturas, como abobrinha, feijão, soja, tomate, pepino, quiabo, pimentão, uva e até eucalípto. Ele ataca mais no tempo seco.
Antigamente, o método mais usado para coimbater o oídio era a aplicação de fungicidas. Mas os pesquisadores da Embrapa descobriram que esse fungo pode ser controlado com leite cru. Um jeito natural que não agride o meio ambiente.
O desenvolvimento de cultivares tolerantes à seca e ao calor é uma tarefa a que os cientistas têm se dedicado para enfrentar os desafios das mudanças climáticas. Diversas culturas de interesse econômico para o Brasil, tais como a soja, o feijão, o milho e a cana-de-açúcar podem ter sua produção reduzida por causa da falta de chuva e da temperatura elevada.
Por esse motivo, equipes de pesquisadores das áreas de solo, irrigação, fisiologia vegetal, melhoramento de plantas, biotecnologia e fitotecnia estão trabalhando para identificar os genes que conferem a essas culturas tolerância a seca e ao calor e demonstrar que, quando esse gene é transferido para outras plantas, elas também se tornam mais resistentes à seca e ao calor
Um sistema web, disponível para livre acesso na internet, que oferece informações sobre as condições do tempo e do clima em todo território nacional será o que a Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) irá mostrar. No Agritempo, o público tem acesso a boletins agrometeorológicos regionais, mapas de monitoramento e previsão do tempo para todos os estados brasileiros.
O sistema contempla, ainda, as recomendações do Zoneamento Agrícola de Riscos Climáticos, um importante instrumento da política agrícola brasileira, que possibilitam ao agricultor conhecer os períodos mais indicados para fazer o plantio na sua propriedade. Isso evita que a safra seja prejudicada por eventos climáticos como excesso de chuvas, seca e temperaturas muito altas ou muito baixas.
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