Eepamig apresenta estudo sobre erosão na bacia do Rio Paranaíba

07.02.2010 | 21:59 (UTC -3)

Para estudar o solo e levar métodos que melhorem essa riqueza a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) desenvolveu o projeto “Delineamento de áreas com potencial erosivo para a bacia do rio Paranaíba, na sub-bacia PN1-IGAM”.

Segundo o pesquisador da EPAMIG Ivair Gomes, que coordena o projeto, o objetivo do estudo foi delimitar áreas com potencial erosivo que contribuem com o processo de degradação ambiental em 26 municípios que compõem a bacia. “Fizemos um mapeamento das áreas e regiões com alto índice de erosões. Além disso, comparamos as áreas em que são utilizadas técnicas de manejo e conservação de solos mais apropriadas e indicadas por nós, com as áreas que não possuem tratamento ou que os produtores utilizam outros métodos”, explicou.

Para Ivair os resultados das pesquisas mostram que as áreas em que os métodos conservacionistas são utilizados apresentam uma melhora considerável do solo, amenizando os impactos ambientais e levando muitos benefícios ao produtor. “O manejo correto do solo e a utilização das práticas fazem com que o produtor aumente o rendimento e produtividade da terra e proporciona uma grande economia, pois reduzem os gastos com adubação e correção dos níveis do solo”, afirma o pesquisador.

Muitas das práticas indicadas pelos pesquisadores já são utilizadas por produtores e são consideradas de baixo custo, podendo ser facilmente adotas na região do rio Paranaíba. Essas técnicas estão divididas em três categorias principais: as vegetativas, que incluem ações como reflorestamento, manejo de pastagens e plantio direto; as edáficas, que consistem em adubação verde, química ou orgânica, e eliminação e controle das queimadas nas práticas agropastoris; e as mecânicas, que abrangem técnicas de preparo do solo e planejamento do plantio.

De acordo com o pesquisador, não é possível dizer se existe uma região com mais índice de erosão, pois é preciso levar em consideração o tratamento do solo que é aplicado em cada área. E nem sempre o fato de uma região ser mais propensa à erosão significa que essa terra está degradável.

De acordo com a pesquisadora da EPAMIG Eliane Vieira o relatório final do estudo, que vai ser entregue no mês de março, será enviado para o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e para a Empresa de Assistência Técnica do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). “Os resultados podem ser utilizados para o planejamento de práticas conservacionistas e para análise da qualidade da água”, explica.

O projeto de “Delineamento de áreas com potencial erosivo para a Bacia do Rio Paranaíba (PN1 - IGAM)”, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), foi desenvolvido pela EPAMIG, em parceria com a Embrapa, Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Seminário de Práticas Conservacionistas

Em janeiro foi realizado em Patos de Minas o “Seminário de Práticas Conservacionistas”, com participação de pesquisadores, técnicos e produtores. O evento teve como objetivo principal promover a conscientização ambiental e apresentar e discutir sobre técnicas que amenizam os danos causados no solo por erosões.

De acordo com o pesquisador Fábio Aurélio Dias, da Fazenda Experimental EPAMIG Sertãozinho, em Patos de Minas, o tema atraiu muitos produtores da região: “As pessoas que participaram do seminário demonstraram grande interesse no assunto e em utilizar as práticas conservacionistas. Foi um evento para difundir novas ideias e técnicas”, disse.

Fonte: ASCOM EPAMIG -

/ (31) 3489.5022 / 3489.5023

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