EBAL passa a adotar critérios de qualidade para o café

08.03.2010 | 20:59 (UTC -3)

A EBAL – Empresa Baiana de Alimentos é a primeira rede varejista do Brasil a exigir qualidade mínima recomendável do café torrado ou moído que adquire para distribuição e comercialização em suas 294 lojas.

Em convênio assinado nesta segunda-feira (08/03) com a ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, a EBAL passa a adotar as especificações técnicas estabelecidas pelos programas da associação, o PQC - Programa de Qualidade do Café e o NMQ – Nível Mínimo de Qualidade, exigindo dos atuais e futuros fornecedores que produzam e entreguem cafés com melhor qualidade.

Os consumidores baianos poderão, com a iniciativa, adquirir e degustar cafés mais saborosos, mais aromáticos e com a qualidade monitorada permanentemente pela EBAL e pela ABIC. A assinatura do convênio ocorreu durante a solenidade de abertura do 11º Agrocafé – Simpósio Nacional do Agronegócio Café que está sendo realizado no centro de convenções do Hotel Pestana, em Salvador.

O programa conjunto começa a funcionar imediatamente. Técnicos e colaboradores da EBAL receberão orientações sobre os procedimentos para garantir a qualidade dos cafés adquiridos a partir de encontros e reuniões com especialistas da ABIC. A primeira reunião está marcada para esta terça-feira (9), na sede da EBAL em Salvador.

Ligada à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia, a EBAL administra a rede de lojas da Cesta do Povo em todo o Estado, centrais de distribuição, frigoríficos, mercados, a Ceasa-BA e uma fábrica de processamento de alimentos. A empresa vende, por mês, 50 mil quilos de café moído em embalagem almofada e 27 mil quilos de café moído em embalagem a vácuo, cujos lotes são adquiridos em licitações públicas. A EBAL é a 8ª colocada no ranking Norte/Nordeste 2008 da ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados e a 1ª na Bahia.

Reub Celestino, presidente da EBAL, destaca a importância do papel inovador da empresa ao assinar um convênio para compra por segmentação de qualidade do café. Para Almir José da Silva Filho, presidente da ABIC, “ao sair na frente, a EBAL passa a ser um exemplo para as demais redes varejistas, públicas ou privadas, pois vai garantir aos seus consumidores cafés que terão sua qualidade monitorada e atestada em laboratórios credenciados pela entidade".

Qualidade recomendável

Os programas da ABIC possuem um conjunto de especificações e procedimentos de análise laboratorial que assegura ao varejo a aquisição de café de melhor qualidade: são os produtos que recebem nota igual ou superior a 4,5 pontos, numa escola sensorial de 0 a 10. Na avaliação sensorial, experientes provadores analisam a qualidade global do café na xícara e dão notas para atributos como aroma, sabor, corpo, além de analisar moagem, torra, etc. A avaliação é feita em uma rede de laboratórios renomados, incluindo o Grupo de Avaliação de Café – CAG, do Sindicafé-SP, ITAL - Instituto de Tecnologia de Alimentos, em Campinas (SP), Laboratório Carvalhaes, Exxatus, NUGAP e a Área de Alimentos do Senai-Escola Barra Funda, em São Paulo.

Cafés com nota abaixo de 4,5 pontos são considerados Não-Recomendáveis, e a EBAL não vai aceitar cafés que não atinjam este nível mínimo. Isto é o que vai garantir que os cafés comercializados pela EBAL tenham um diferencial de qualidade que vai agradar aos seus consumidores.

Lançados em 2003 e 2004, respectivamente, tanto o NMQ quanto o PQC estão ordenando o mercado e mostrando aos consumidores que café não é tudo igual. A grande maioria das licitações públicas, a exemplo das Secretarias de Agricultura de São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Minas Gerais, que até há alguns anos baseavam-se no menor preço, já adotam os critérios da ABIC e estão testemunhando a melhoria do café comprado e a satisfação de seus funcionários. O Exército Brasileiro está elevando o nível mínimo exigido, de 4,5 para 6 pontos, passando a adquirir cafés da categoria Superior. E o Governo de Minas Gerais, que é o maior Estado produtor de café do Brasil, passou a exigir nota de qualidade mínima de 6,5 pontos nos cafés adquiridos pelos organismos públicos. “É a qualidade mostrando o seu valor, também no café”, comemora Almir Filho.

Informações adicionais:

EBAL - Empresa Baiana de Alimentos S.A. (

/ (71) 3116 2634) e ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café (

)

Fonte: Tempo de Comunicação – (11) 3868 4037

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