Duas novas empresas serão incubadas com tecnologias da Embrapa

30.12.2008 | 21:59 (UTC -3)

Foram selecionadas mais duas empresas a serem incubadas com tecnologias da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa: La do Sítio, em Fortaleza/CE, e Prisma Agroindustrial, em Cuiabá/MT. Ambas consolidam o novo modelo de incubação de agronegócios adotado pela Embrapa no qual uma tecnologia desenvolvida em uma Unidade da Empresa é disponibilizado para utilização em qualquer ponto do País onde existam incubadoras de empresas que mantenham convênios de parceria com a Embrapa.

A La do Sítio vai produzir mandioca-palha, chips de mandioca e mandioca-palito em Fortaleza usando tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical (Cruz das Almas-BA) em parceria com a incubadora PADETEC e com a participação da Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE). O período de pré-incubação está previsto para seis meses e ainda em 2009 será iniciada a fabricação e comercialização dos produtos. Inicialmente será atendido o mercado cearense, mas há planos de expansão para o Nordeste e o restante do País. O contrato de incubação será assinado em janeiro.

Já a Prisma Agroindustrial vai produzir amaranto e seus derivados. O amaranto é um pseudo cereal originário da Cordilheira dos Andes introduzido no Brasil pela Embrapa Cerrados (Brasília-DF) e que já tem um cultivar lançada: BRS Alegria. O amaranto tem boas propriedades nutricionais, podendo ser utilizado como grão ou farinha. Entretanto, sua principal característica é a ausência de glúten, o que o torna indicado para o consumo dos portadores da doença celíaca.

A estimativa é que existam, no Brasil, cerca de 3 milhões de celíacos (que têm graus variados de intolerância ao glúten), que têm no amaranto alternativa saudável para alimentação na forma de grãos, pães, macarrões, bolos, biscoitos e outros pratos que utilizem farinhas em sua preparação. A empresa ficará instalada na multi-incubadora Arca, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e vai produzir amaranto em grão, semente e farinha e derivados na cidade de Sorriso (incubação a distância). A expectativa é de que o plantio em escala comercial seja realizado por volta de setembro ou outubro do ano que vem, seguindo a safra agrícola regional.

O Proeta - programa de incubação de agronegócios da Embrapa - busca realizar a transferência de tecnologias e produtos desenvolvidos pelas diversas Unidades da Embrapa, ou que estão em fase final de desenvolvimento, para empresas que venham a finalizá-los e comercializá-los. O Programa resulta de um convênio assinado pela Embrapa com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com apoio do Fundo Multilateral de Investimento (Fumin). Desde 2004, esse programa vinha sendo operacionalizado em cinco unidades-piloto. A partir de 2007, o Programa ganhou dimensão nacional com a expansão para todas as Unidades de Pesquisa da Embrapa.

Nesta nova fase do Proeta, são Unidades Coordenadoras Regionais: a Embrapa Amazônia Oriental (Norte), a Embrapa Agroindústria Tropical (Nordeste), a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Centro-Oeste), a Embrapa Gado de Leite (Sudeste) e a Embrapa Suínos e Aves (Sul). A coordenação nacional do Programa está a cargo da Assessoria de Relações Internacionais (ARI) e a Assessoria de Inovação Tecnológica (AIT) executa a coordenação técnica. Atualmente há 22 convênios firmados com incubadoras parceiras de todo o País e 9 empresas pré-selecionadas e 10 incubadas com tecnologias da Embrapa.

A coordenação do Programa está desenvolvendo esforços para que, mesmo após finalizado o financiamento do Proeta pelo BID em 2009, a incubação de agronegócios se torne uma das estratégias institucionais de inovação na Embrapa.

Informações relativas ao Programa, às tecnologias disponíveis e às incubadoras parceiras podem ser obtidas na página eletrônica

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Flávia Bessa

Embrapa

61 3448-4568 /

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