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As doenças causadas por patógenos nas lavouras de trigo nos Estados Unidos e no Canadá provocaram perdas estimadas em 560 milhões de bushels entre os anos de 2018 e 2021. O impacto econômico ultrapassou US$ 2,9 bilhões no período. Os dados constam de estudo baseado em informações de 29 estados norte-americanos e da província canadense de Ontário.
O trabalho aponta que, mesmo sem considerar os custos com manejo (como aplicação de fungicidas), as perdas médias por acre plantado chegaram a US$ 18,10. A principal doença identificada foi a giberela (causada por Fusarium spp.). Na sequência, vieram a ferrugem amarela (causada por Puccinia striiformis), a ferrugem da folha (causada por Puccinia triticina) e a mancha bacteriana da folha (causada por Xanthomonas translucens pv. undulosa).
Os estados mais afetados em volume foram Kansas e Dakota do Norte. Juntos, os dois registraram perdas superiores a 245 milhões de bushels. Kansas teve prejuízo de US$ 891 milhões no período. Em seguida aparece Minnesota, com perda estimada em US$ 344 milhões, e Dakota do Norte, com US$ 370 milhões em prejuízos.
Em termos proporcionais, o estado de Ohio registrou a maior perda média por acre em 2018: US$ 85,22. Já Minnesota liderou em 2021, com US$ 73,01 por acre. Em contrapartida, estados como Arkansas e Louisiana tiveram impacto mínimo durante os quatro anos do levantamento.
Em 2019, o volume total de trigo perdido para doenças chegou a 188 milhões de bushels. No entanto, 2021 foi o ano com maior prejuízo financeiro, totalizando US$ 869 milhões. A diferença se explica pela valorização da saca de trigo no mercado durante o último ano da série analisada.
Por exemplo, a ferrugem amarela provocou perdas similares em 2019 e 2021 — 27,2 e 27,6 milhões de bushels, respectivamente —, mas o impacto financeiro foi significativamente maior em 2021: US$ 179,7 milhões contra US$ 114,6 milhões em 2019.
As doenças foram classificadas conforme a parte da planta afetada: raiz e caule, folhas ou espigas e grãos. As doenças foliares responderam por 347,8 milhões de bushels perdidos (62% do total). As doenças nas espigas e grãos causaram perda de 123,2 milhões de bushels. Já as que atacam raízes e caules provocaram a perda de 88,5 milhões de bushels.
Entre as doenças de folha, a ferrugem da folha foi responsável pela maior perda (74,1 milhões de bushels), seguida pela ferrugem amarela (74,6 milhões) e a mancha bacteriana da folha (65,4 milhões). Já a giberela, classificada como doença de espiga, causou perdas de 116,5 milhões de bushels: o maior volume entre todas as doenças.
As doenças mais problemáticas variam conforme a região. No Centro-Norte dos Estados Unidos, a giberela e a mancha causada por Parastagonospora nodorum. Na região das Grandes Planícies do Sul, ferrugens lideraram os prejuízos. No Sudeste, o vírus do nanismo amarelo (causado por Barley yellow dwarf virus e Cereal yellow dwarf virus) foi a principal causa de perdas em alguns anos.
O estudo atribui essas variações a fatores como clima, práticas de manejo, rotação de culturas e resistência genética das cultivares. A oscilação anual na presença e gravidade das doenças também foi influenciada por condições ambientais e pela adoção de tecnologias de controle.
Outras informações em doi.org/10.1094/PHP-09-24-0087-RS
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