Docilidade do Hereford é fator de escolha da raça para pesquisa ambiental

09.11.2012 | 21:59 (UTC -3)
Emerson Pinheiro Sabedra

O Centro de Pesquisa Embrapa Pecuária Sul está realizando um estudo, pioneiro no Bioma Pampa, que visa avaliar o efeito da produção de gases efeito estufa (GEE) por bovinos na região. Nesse contexto, pela necessidade de se instalar diversos equipamentos de medição nos animais, os pesquisadores concluíram que por sua docilidade a Raça Hereford seria a ideal para o experimento.

Sob o título “Dinâmica de gases de efeito estufa em sistemas de produção pecuária do Bioma Pampa” o experimento é parte integrante de uma rede de pesquisas batizada como PECUS, inter institucional e multidisciplinar realizada por várias unidades da Embrapa nos principais biomas do País: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.

A Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), através da parceria com a Embrapa, pelos programas de avaliação genética (PampaPlus), das provas de avaliação de desempenho de reprodutores a campo (PAC), da pesquisa genômica sobre resistência a carrapatos, entre outras, apoiou a pesquisa, disponibilizando 35 animais, através de seus associados do município de Alegrete (RS) – Alfeu de Medeiros Fleck (Estância São Manoel) e Agropecuária São Pedro (ASP).

Segundo a responsável pela pesquisa no Bioma Pampa, a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, Cristina Genro, o principal objetivo do projeto é fazer a avaliação do potencial de promoção ambiental de sistemas de produção característicos do Pampa quanto ao seqüestro de Carbono no solo e a mitigação das emissões de gases de efeitos estufa (GEE), uma pesquisa pioneira para a Região e que elegeu a raça Hereford como mais adequada ao experimento, principalmente por sua docilidade e fácil manejo.

“Os resultados gerados por este projeto fazem parte de uma rede nacional para avaliação dos gases de efeito estufa na pecuária brasileira, eles servirão para mostrar para nosso governo e para os países compradores da nossa carne que nós produzimos carne de qualidade, saudável e com baixa emissão de carbono. Por isto, precisávamos ter animais que nos permitissem obter os resultados, sem precisar gastar muito tempo em adestramento e adaptação dos animais aos equipamentos utilizados e a rotina experimental. Estamos finalizando a primeira avaliação e posso dizer que foi um sucesso!”, disse Cristina.

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