Bayer CropScience promove 1ª convenção CPTI Brasil
Como parte do trabalho de monitoramento de lavouras no Tocantins, a Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário – e a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - realizaram nesta quarta-feira, dia 7, treinamento de técnicos na plantação de bananas em unidade do projeto de irrigação São João, em Porto Nacional. Parte do convênio entre Seagro e Embrapa, o monitoramento no bananal tem como objetivo a identificação de focos de Sigatoka Amarela, além de infestação de larvas conhecidas como Brocas de Bananeira (Cosmopolites Sordidus).
Na ocasião, técnicos do Ruraltins - Instituto Rural do Tocantins - receberam a orientação do pesquisador da Embrapa, Dr. Aristóteles Pires de Matos, que explicou que em pequenas propriedades, os produtores da fruta terão o auxílio do Ruraltins para realizar o monitoramento semanal de sua plantação. No caso de projetos de irrigação, os profissionais responsáveis pela assistência técnica na região é que farão a conferência dos níveis de infestação de pragas. “Para os produtores maiores, com maior capacidade financeira, os próprios funcionários poderão ser capacitados para fazer o monitoramento”, frisou.
De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Vegetal da Seagro, José Américo Vasconcelos, o monitoramento de pragas faz parte do projeto Produção Integrada Agropecuária. Neste sentido, a Seagro fica responsável por mediar este processo de treinamento dos técnicos para analisar as lavouras e identificar os danos causados por doenças ou pragas.
A medida, segundo Matos, reduz a necessidade de aplicação de fungicidas, o que pode prejudicar a planta, o solo e a água da região afetada pelas pragas. “Nós fazemos esta avaliação e somente quando a doença ou a praga atingir um estágio avançado é que nós permitimos a aplicação de controle químico”, salientou, acrescentando que desta forma, o produtor consegue reduzir drasticamente a aplicação de corretores químicos. “Aí vem a economia para o produtor, melhor qualidade no fruto e ainda faz bem para o meio ambiente”, completou
Conforme as explicações do pesquisador, o monitoramento das bananeiras deve ser feito semanalmente durante todo o período de produção, do plantio à colheita. O processo de identificação da Sigatoka Amarela consiste em observar a folhagem mais nova da planta, que fica situada próximo ao topo da bananeira, conhecida como “vela”. Manchas amareladas, de acordo com o tamanho e coloração das marcas, podem definir o grau de infecção e a intensidade do ataque da doença na planta.
A identificação é feita em seis níveis que podem ir desde um pequeno ponto amarelado na folha, indicando um nível baixo de infestação, até o nível máximo com traços de cor marrom com contorno amarelo e manchas brancas. Segundo o pesquisador, quando são encontradas mais de 50 manchas escuras na folha, é autorizada a aplicação de controle químico.
Já para a identificação da Larva de Broca, são colocadas iscas (pedaços de caules de bananeiras) junto às árvores previamente demarcadas. Se atacadas pela praga é feita a medição precisa do grau de infestação na lavoura.
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