KUHN lança maior semeadora do país na Expodireto, em Não-Me-Toque/RS
De volta de viagem técnica às regiões produtoras de carne bovina nos Estados Unidos, o diretor da Araucária Genética, Marcelo Vezozzo, diz que a produção de boi norte-americana vem sofrendo sucessivas reduções e que as oportunidades para os produtores brasileiros vão aumentar.
Segundo Marcelo, o rebanho bovino norte-americano é atualmente de 90 milhões de cabeças, o menor desde 1952. "O rebanho foi reduzido em função da seca e do avanço da produção de grãos nas áreas de pastagens. E o pior é que eles estão esperando mais seca para este ano", diz Vezozzo.
Por outro lado, ele diz que os americanos e canadenses continuam investindo pesado na evolução genética buscando o aumento da produção de carne em seus rebanhos, principalmente da raça aberdeen angus. "A principal tendência dos produtores norte-americanos é reduzir o tamanho dos animais (hoje, frame de 5,5), eliminar a recria, desmamar bezerros com 205 dias pesando 350 quilos e abatendo-os com um ano de idade, com 680 quilos de peso vivo, rendendo mais de 60% de carcaça limpa. Esses índices já estão sendo alcançados nos rebanhos especializados na produção de touros que visitamos. Os touros têm que gerar bezerros pequenos e com alto índice de desenvolvimento", conta Vezozzo.
Além disso, os touros transmitem comprovadamente qualidade de carne e carcaça aos seus filhos. Marcelo Vezozzo diz que a produção é padronizada e os pecuaristas que produzem estes animais de maior qualidade lá fora recebem até 30 por cento acima do mercado em bonificação. "Hoje, estamos caminhando para um processo em que a carne de boi também tem marca, como a do frango. No Brasil também estamos caminhando para isto. O Frigorífico Marfrig, um dos parceiros da Araucária Genética, está pagando em média 7% a mais para os pecuaristas brasileiros que produzem animais cruzados com angus. E faltam animais de qualidade para abastecer o mercado", garante.
Neste item, o de preços, o diretor da Araucária abre um parêntese: "Os produtores americanos estão recebendo hoje em torno de R$ 165,00 por arroba de boi, enquanto que no Brasil a arroba está valendo em torno de R$ 98,00. Mas analisando, ainda é mais rentável produzir boi aqui. Lá os custos são muito altos, têm muitas intempéries climáticas, o animal tem que ser tratado no inverno. Para manter uma vaca em reprodução eles precisam de 10 acres de terra, cerca de 1,67 alqueire. Somos mais privilegiados em clima e solo. Portanto, produzimos carne mais barata", segundo ele.
Vezozzo diz que pesquisou muitos touros com características superiores e que podem vir reforçar a bateria de sêmen da Araucária Genética. "Essa genética de ponta vai estar em breve à disposição dos pecuaristas brasileiros que pretendem aumentar seus lucros, produzindo animais diferenciados no mercado", conclui Marcelo Vezozzo.
Divulgação
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