Dia de campo aborda procedimentos sobre colheita e pós-colheita de morango

Técnicos da Ceagesp e da Embrapa Meio Ambiente reuniram-se dia 22 de julho em Atibaia/SP, com os produtores da Associação dos Produtores de Morango e Hortifrutigranjeiros de Atibaia, Jarinu e Região sobre os cuidados necessários na colheita e pós-colheita na produção integrada de morango - PIMo.

Fagoni Calegario, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, falou sobre as normas técnicas com ênfase nas áreas temáticas que tratam dos procedimentos relativos à colheita e pós-colheita na PIMo. Além disso, abordou a importância do respeito ao prazo de carência dos agrotóxicos, rastreabilidade da parcela à unidade de consumo, boas práticas no manuseio desde a colheita, passando pela Casa de Embalagem e transporte, procedimentos obrigatórios para os produtores do sistema.

“Os cuidados na colheita e pós colheita em qualquer sistema de produção são importantes para manter a qualidade do produto até chegar à boca do consumidor”, enfatiza Hélio Satoshi Watanabe, do Ceagesp. Ele apresentou as maneiras de como devem ser colhidas as frutas, o ponto ideal de colheita, as caixas de colheita apropriadas, obrigatoriedade da higiene, desde os equipamentos, os trabalhadores até chegar nas empacotadoras. “O morango colhido muito verde nunca amadurecerá e o consumidor não ficará satisfeito. Portanto, é necessário ter bastante cuidado para escolher o ponto de colheita adequado para o produto PIMo”, comenta.

As boas práticas exigem manuseio mínimo das frutas, seleção, classificação, embalagem e rotulagem, o descarte das frutas com defeito, a classificação das frutas de acordo com a qualidade, utilização de embalagens adequadas e rótulos de acordo com as leis vigentes.

Para Fabiane Mendes da Câmara, do Centro de Qualidade em Horticultura do Ceagesp, que abordou a questão de rotulagem, mais importante do que ser obrigatória por lei, é essencial para a rastreabilidade do produto.

Ela apresentou também os itens necessários para a rotulagem - identificação do responsável: nome, Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ, endereço e informações sobre o produto: variedade, aspectos qualitativos e quantitativos (peso líquido) e data do embalamento. A grafia deve ser de acordo com a regulamentação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro. A rotulagem nutricional não é obrigatória para frutas e vegetais, embora esteja sendo exigida em alguns mercados.

Gabriel Bitencourt de Almeida, da Ceagesp buscou a conscientização sobre os cuidados com o uso de fertilizantes ou pesticidas, segurança do trabalhador, organização, higiene pessoal e do ambiente e cuidados na colheita e pós-colheita. Além disso, abordou as boas práticas de manuseio do morango, mercado e valoração. “As boas práticas agrícolas, necessárias para a preservação do solo e da água, para o bem- estar dos trabalhadores, viabilizam uma produção economicamente viável, segura e socialmente justa”.

As práticas de colheita e pós-colheita e preenchimento de Cadernos de Campo na Unidade Demonstrativa Central da PIMo foram abordadas por todos os palestrantes.

Os participantes fizeram uma simulação de colheita na Unidade Demonstrativa Central, sempre atentos à manutenção da rastreabilidade e aos procedimentos higiênico-sanitários exigidos pela norma PIMo. Seguindo o fluxo realizado diariamente no campo, foram treinados para definir o ponto de colheita, selecionar, classificar, embalar e rotular o produto.

Cristina Tordin

Embrapa Meio Ambiente

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