Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul debate expansão de projeto de biogás com usina modelo

O secretário Vilson Covatti debateu a alocação de um sistema em que o biogás é revertido em energia para fornecimento para rede elétrica das propriedades

09.10.2024 | 14:29 (UTC -3)
Guilherme Granez
Foto: divulgação
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Nesta semana, o secretário de de Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Vilson Covatti, recebeu representantes do Ecossistema Fazenda Santa Lúcia (EFSL) para debater o desenvolvimento de propriedades rurais com a alocação de um sistema inovador e sustentável para fornecimento de energia a partir do uso de biogás. O empreendimento é referência em sustentabilidade no agronegócio.

A empresa surgiu a partir da necessidade de modernizar o tambo de leite da família Kuhn, localizado na Fazenda Santa Lúcia, em Tapera, agregando tecnologia à gestão do local. A partir disso, surgiu a ideia da utilização do biodigestor para fazer o tratamento dos resíduos animais. “A partir da necessidade de tratar o resíduo do tambo, a gente resolveu ampliar a escala e fazer tratamento de resíduos industriais visando gerar mais gás e energia elétrica, pensando em viabilizar todo o investimento”, afirmou o sócio-proprietário, Augusto Grave.

Cumprindo todo um ciclo de aproveitamento, inclusive dos dejetos, para a geração de energia, a Fazenda Santa Lúcia cresceu e passou a se chamar Ecossistema Fazenda Santa Lúcia. “Alteramos o nome do empreendimento justamente buscando esse sentido de retroalimentação, ou seja, onde a saída de um processo é a entrada para o outro”, afirmou o consultor estratégico da empresa, Saulo Chielle.

Adotando o princípio de economia circular e de ecoeficiência a EFSL desenhou suas atividades em duas divisões: a SL Agropecuária e a SL Resíduo e Energia. Essas duas divisões de negócio ocupam, dentro do universo rural, menos de 3 hectares, englobando o sistema de tambo de leite com ordenha robotizada, biodigestores e geradores de energia.

Foto: divulgação
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O secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, afirma que a proposta cria uma sinergia entre desenvolvimento econômico, preservação ambiental e desenvolvimento social. “O governo do estado tem interesse total no desenvolvimento da transição energética e da resiliência climática, até pelos eventos que enfrentamos esse ano”, pontuou o titular da SDR. “Nesse sentido, um agricultor que precisa de uma renda extra pode contribuir com o desenvolvimento autossustentável, a partir de uma tecnologia embarcada dentro da própria propriedade, e ainda potencializar o seu crescimento”, concluiu Covatti.

O projeto de expansão mira, a partir de agora, a produção de biogás para colocação nas indústrias, em substituição a gases oriundos de petróleo. O projeto reduz a logística de resíduos, que estão transitando pelo Estado e, ao mesmo tempo, fornece matéria-prima para a produção de biogás, que pode alimentar a própria indústria onde as unidades de negócio vão ser instaladas.

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