Demora na liberação do PSI reflete nos números de máquinas agrícolas, segundo Anfavea

06.02.2014 | 21:59 (UTC -3)

A indústria automobilística registrou o melhor janeiro da história em licenciamento de autoveículos com 312,6 mil unidades comercializadas. Os dados foram divulgados na quinta-feira, 6, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea. O volume significa acréscimo de 0,4% sobre os 311,5 mil autoveículos de janeiro de 2013 e queda de 11,7% comparado com os 353,8 mil de dezembro do ano passado.

Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, “os resultados poderiam ser ainda melhores se a liberação dos financiamentos do PSI, linha de crédito utilizada para caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e rodoviárias, tivesse ocorrido mais no inicio do mês”. Foram comercializadas no mercado interno em janeiro 3,8 mil máquinas agrícolas e rodoviárias. Isso representa uma redução de 34,5% frente as 5,8 mil unidades de dezembro e de 29,9% quando comparado com as 5,4 mil vendidas no primeiro mês de 2013.

Produção e exportações

A produção de autoveículos fechou janeiro de 2014 com 237,5 mil unidades fabricadas, acréscimo de 2,9% em relação ao último dezembro e decréscimo de 18,7% frente as 292,2 mil de janeiro de 2013. No segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias foram produzidas 5,3 mil unidades, 18,3% menor que o último mês do ano anterior e 13,6% abaixo de janeiro de 2013.

As exportações de autoveículos retraíram 28,9% quando confrontadas as 25,8 mil unidades que deixaram o País em janeiro de 2014 com as 36,2 mil do mesmo mês de 2013 – contra dezembro do ano passado o recuo foi de 40,5%.

Novas regiões

Todas as regiões do País registraram, desde 2002, aumento nos níveis de produção e do mercado interno. Se destacarmos apenas o mercado interno, em 2013 foram comercializados 3,77 milhões de autoveículos, crescimento de 154,8% frente as 1,5 milhões em 2002. O mesmo aumento ocorreu com a fabricação de autoveículos no mesmo período. No ano passado foram produzidas 3,71 milhões de unidades enquanto em 2002 saíram das linhas de montagem 1,79 milhões.

O forte aumento nos níveis de produção nos últimos anos se deve à busca por vantagens competitivas, a proximidade dos novos mercados consumidores e pela facilidade de exportação em alguns estados. Já no que diz respeito às vendas, a aceleração do consumo foi puxada pelo crescimento da renda da população, pelo acesso mais fácil ao crédito e ainda pelo desenvolvimento de pequenas e médias cidades.

Luiz Moan Yabiku Junior reforça o impacto que esta informação gera para o setor ao levar mais renda e emprego para outras áreas: “O salto de 2 milhões do patamar de autoveículos produzidos e comercializados no Brasil desde 2002 representa um marco importante para a história da indústria e o desenvolvimento socioeconômico do País”.

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