CNA ajuiza ADI 7664 contra a importação de arroz
De acordo com a entidade, a medida governamental tem potencial para desestruturar a cadeia produtiva do setor, criando instabilidade de preços e prejudicando os produtores locais
A Datagro Grãos revisou para baixo suas projeções para as exportações brasileiras do complexo soja em 2024, tanto em termos de volume quanto de receita, intensificando as indicações de retração ante 2023.
“Resultado de novos cortes na estimativa de produção e recuos nas projeções dos preços FOB de exportação médios em todo o complexo soja”, comenta Flávio Roberto de França Junior (na foto), economista e líder de conteúdo da consultoria.
De volume, estima-se 113,000 milhões de toneladas, queda de 10,9% na comparação com o ano passado. “Ainda assim, o segundo maior da história”, destaca França Junior.
Leva-se em conta a estimativa de embarques de 88,000 mi de t de soja, baixa de 13,6% na comparação com o ano anterior; 23,000 mi de t de farelo de soja (+1,7%); e 2,000 mi de t de óleo de soja (-14,9%).
No que diz respeito à receita, os números iniciais apontam para US$ 51,095 bilhões, o que representaria recuo de 24,2% sobre o ano que passou.
Seriam US$ 38,720 bi decorrentes das vendas de soja em grão (-27,4%); US$ 10,465 bi das comercializações de farelo (-9,1%); e US$ 1,910 bi das vendas de óleo (-25,2%).
“Além dos volumes menores, a estimativa de limitação nos ganhos de receita acontece também por conta da previsão de preços médios caindo”, explica o líder de conteúdo da Datagro Grãos.
A atual estimativa para a safra a ser colhida neste ano aponta para 147,571 mi de t, 8% abaixo das 160,834 mi de t colhidas em 2023 – volume recorde. “Resultado da combinação de aumento em 3% na área semeada, positiva tecnologia utilizada nas lavouras, mas quadro climático amplamente irregular e problemático”, diz França Junior.
Essa indicação de retração na receita do complexo soja tende a resultar também em redução na participação das exportações do setor na pauta geral do Brasil para 15,5%, contra 19,8% em 2023, aquém dos 16,2% da média dos últimos 10 anos, sendo a menor desde os 14,8% verificados em 2019.
Para chegar a essa projeção de participação, considera-se retração na estimativa para as exportações totais do País, que cairiam a US$ 330,000 bi, diminuição de 2,9% na comparação com 2023.
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