Especialistas desenvolvem estudo detalhado dos solos da Bahia
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Após o pico de escoamento das safras, os preços do transporte de grãos voltaram a cair em setembro em várias regiões do país. De acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as reduções foram observadas principalmente em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e no Distrito Federal. O comportamento reflete a menor demanda por caminhões com o fim da colheita e do transporte das segundas safras, conforme mostra o Boletim Logístico de outubro da estatal.
Em Goiás, a queda segue o padrão sazonal histórico do estado, marcado por uma desaceleração natural na procura por transporte de grãos nesta época do ano. No Distrito Federal, além do encerramento da colheita do milho, fatores como custos operacionais e preço dos combustíveis também influenciaram o recuo das cotações.
No Mato Grosso do Sul, a Conab observou um arrefecimento gradual na demanda por caminhões de curta distância. Mesmo com o mercado interno ainda ativo, a movimentação não foi suficiente para conter a retração dos fretes após o fim da colheita do milho segunda safra, a partir da segunda quinzena de setembro.
Na Bahia e em Mato Grosso, o cenário foi mais heterogêneo. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), as cotações permaneceram estáveis, sustentadas pelo equilíbrio entre oferta e demanda de transporte com destino a portos, indústrias e setores de ração. Já em Paripiranga, houve alta nos preços em função do aumento da procura por milho com destino a Vitória (ES), Recife (PE) e Feira de Santana (BA). Em Irecê, por outro lado, a redução da atividade após o fim da safra derrubou os valores do frete.
Em Mato Grosso, o mercado de fretes rodoviários manteve-se estável, com variações pontuais — algumas rotas registraram leves altas, enquanto outras tiveram pequenas quedas.
No Piauí, as cotações também ficaram próximas da estabilidade, com movimentações ainda regulares, mas em ritmo menor que nos meses anteriores devido à redução no escoamento do milho. Já no Maranhão, Paraná e São Paulo, os preços subiram.
No Maranhão, o aumento médio foi de 5%, impulsionado pela forte demanda para transporte de milho entre municípios do sul do estado e uma biorrefinaria de etanol de grãos em Balsas, além de destinos no Nordeste. No Paraná, a procura por fretes cresceu em relação a agosto, elevando os preços na maioria das rotas, com exceção de Ponta Grossa. Em São Paulo, a alta foi associada à maior demanda externa, estimulada pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que alteraram os fluxos do comércio internacional.
As exportações brasileiras de milho atingiram 23,3 milhões de toneladas em setembro, ligeiramente abaixo das 24,3 milhões registradas no mesmo mês de 2024. Os portos do Arco Norte mantiveram a liderança no escoamento do cereal, com 42,5% dos embarques, seguidos por Santos (30,7%), Paranaguá (11,7%) e São Francisco do Sul (9,5%).
Entre janeiro e setembro, as exportações de soja em grãos somaram 89,5 milhões de toneladas, ante 93,8 milhões no mesmo período do ano passado. O Arco Norte respondeu por 37,5% dos embarques, enquanto Santos escoou 34,2%. Paranaguá e São Francisco do Sul participaram com 12,9% e 5,2%, respectivamente.
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