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O custo de uma aplicação de fungicida para o controle químico da ferrugem asiática da soja, usando trator e pulverizador de arrasto, na safra 2010/11, é de R$ 37,80, sendo R$ 6 menor que o custo na safra 2009/10, que ficou em torno de R$ 43,80. Os dados são da estimativa do custo do controle químico da ferrugem asiática da soja, para Mato Grosso do Sul, elaborada pelo economista Alceu Richetti e o fitopatologista Alexandre Roese, da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS). Os dados mostram, ainda, que o custo de uma aplicação de fungicida corresponde a 1,3 sacas de soja por hectare.
As estimativas de custos do controle químico da ferrugem asiática da soja vêm sendo realizadas desde a safra 2003/04. “Desde aquela safra, o custo do controle da doença vem decaindo gradativamente devido à redução dos preços dos fungicidas”, diz Richetti.
Os dados completos da estimativa podem ser conferidos no site da Embrapa Agropecuária Oeste, pelo link www.cpao.embrapa.br/publicacoes/ficha.php?tipo=COT&num=161&ano=2010
Ferrugem
O fitopatologista Alexandre Roese explica que o controle químico da ferrugem da soja é realizado principalmente pela pulverização de fungicidas nas lavouras, logo que constatada a doença ou preventivamente. Os fungicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o controle da ferrugem são, basicamente, de dois grupos químicos: os triazois e as estrobilurinas.
Os produtos formulados com a mistura de fungicidas desses dois grupos, na maioria dos casos, são mais eficientes para o controle da ferrugem, principalmente, em regiões onde já foi constatada a ocorrência de populações menos sensíveis aos fungicidas triazóis. “Por esse motivo, o Consórcio Antiferrugem recomenda preferencialmente o uso de misturas de triazóis e estrobilurinas para o controle químico da ferrugem”, diz Roese.
De acordo com ele, a escolha da época de aplicação do fungicida, após o aparecimento dos primeiros sinais da doença ou até preventivamente, depende muito da capacidade técnica e operacional na condução da lavoura, sendo que na maioria dos casos o controle preventivo é o mais adequado, principalmente a partir do início do florescimento das plantas.
Tanto nas aplicações preventivas como nas realizadas após o surgimento da doença, o monitoramento constante da lavoura é imprescindível para que o fungicida seja aplicado realmente antes ou logo no início dos primeiros sintomas. “Mesmo no caso da aplicação preventiva de fungicida, o produtor deve monitorar constantemente a lavoura, pois a doença pode ocorrer antes da data ou estádio de desenvolvimento das plantas em que se pretende realizar a aplicação. Se isto for constatado, a pulverização do fungicida deverá ser antecipada, sob risco de não apresentar a eficiência de controle desejada”, finaliza o fitopatologista.
Kadijah Suleiman
Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados (MS)
(67) 3416-9742
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