Curso incentiva produção do maracujá em Roraima

19.10.2009 | 21:59 (UTC -3)

O Brasil é o maior produtor de maracujá do mundo. E também o maior consumidor. Desta forma a produção ainda não é suficiente para abastecer o mercado.

O estado de Roraima tem uma grande possibilidade de ajudar a mudar essa realidade brasileira, pois possui um grande potencial para essa cultura.

Uma característica favorável que desperta o interesse dos produtores pelo maracujá é que o cultivo pode ser feito durante praticamente o ano inteiro e com garantia de um rápido retorno econômico. Em virtude desse interesse, a Embrapa realizou um curso sobre a cultura do maracujá, com aulas teóricas e práticas relacionadas ao manejo dessa fruteira. O treinamento que fez parte do projeto Sebrae Tec – Fruticultura irrigada do Vale Rio Branco, ocorreu nos dias 14 e 15, deste mês e foi direcionado para produtores e técnicos que trabalham com esse plantio no estado.

O principal palestrante foi o mestre em genética e melhoramento de plantas José Rafael Silva. Ele trabalha com maracujá há mais de 24 anos, é dono de uma empresa que desenvolve melhoramento da produção para o consumo e mudas de maracujá e afirma: "Esse tipo de cultivo é economicamente satisfatório. A cultura permite uma renda elevada em pequenas áreas plantadas”.

Variedades

Existem mais de 611 espécies catalogadas. As mais exploradas no Brasil são o maracujá amarelo ou azedo, que representa 95% da área plantada. O maracujá doce compõe basicamente os 5% restantes. “Para os produtores de Roraima interessados em produzir maracujá, a variedade recomendada é o maracujá amarelo. E para quem ainda vai começar a produzir é aconselhável procurar assistência técnica desde o início, para que os resultados sejam de acordo com o esperado", alerta o palestrante.

Em Roraima, apesar das condições favoráveis, a produção ainda não é feita em grande escala, mas tem potencial para abastecer o mercado local e para exportação. “O Estado pode apostar tanto na produção para o consumo in natura (o próprio fruto), quanto na produção de polpa. Os resultados esperados são significativos”, comentou Teresinha Albuquerque, pesquisadora da Embrapa Roraima.

Para Joecy Melo, agrônoma da Secretaria de Estado da Agricultura Pecuária e Abastecimento, cursos como esse são fundamentais para profissionais como ela, que trabalham diretamente com os produtores. “São reciclagens necessárias para minha evolução profissional”, afirmou Joecy.Cintia Melo, produtora há um ano e proprietária do sítio Riacho Doce, onde foi realizada a prática do curso, afirma que a experiência foi fundamental e será muito útil para sua produção. “Não tenho nenhuma técnica, o curso me possibilitou o acesso a informações básicas e técnicas que futuramente utilizarei no meu plantio”, disse a produtora empolgada.

Simone Santos

Assessoria de Imprensa Embrapa RR

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