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Os produtores brasileiros já podem contar com três novas opções de girassol para a próxima safra. As cultivares BRS 321, BRS 323 e BRS 324 foram desenvolvidas e adaptadas especialmente para as condições de clima e solo brasileiro pela Embrapa, vinculada ao Mapa.
Várias são as utilidades do girassol: do aquênio (ou semente) é extraído o óleo que pode ser destinado para a indústria de alimentos ou para a produção de biodiesel; da torta ou farelo (obtido após o processo de extração do óleo) são feitas as rações animais, devido ao alto teor proteico.
Mas não é só por isso que o girassol tem tanta aceitação pelos produtores. Essa cultura, além de ser excelente opção para a rotação, é uma ótima indicação para sucessão cultural, ou seja, para um plantio seguido de outro. Foi pensando nisso que a Embrapa Soja (Londrina-PR) selecionou as cultivares híbridas BRS 321 e BRS 323 e a variedade BRS 324, adaptadas para as condições de clima e solo brasileiro.
Pela sua precocidade, as novas cultivares podem ser plantadas antecipando a cultura principal de primavera-verão ou, na safrinha, após a colheita de verão. A decomposição dos restos culturais do girassol proporciona a ciclagem dos nutrientes absorvidos em camadas mais profundas de solo. Essa ação beneficia o desenvolvimento e o estado nutricional das culturas de sucessão.
Entre as principais características dos híbridos simples BRS 321 e BRS 323 desenvolvidos pela Embrapa está o ciclo precoce (de 80 a 100 dias), o que facilita sua utilização no sistema de produção, tanto na rotação como na sucessão de culturas, e o teor de óleo nos aquênios, que varia de 40% a 44%.
Já a BRS 324 é uma cultivar de polinização aberta e apresenta como principais características o ciclo precoce (de 80 a 100 dias) e o alto teor de óleo nos aquênios (de 45% a 49%), agregando valor à produção.
Essa cultivares têm ainda ampla adaptabilidade às condições do Brasil, com maior tolerância à seca, ao frio e ao calor, quando comparadas com a maioria das espécies cultivadas no País, e são indicadas para os estados de Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina - Região Sul; São Paulo e Minas Gerais - Região Sudeste; Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal - Região Centro-Oeste; Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Alagoas, Pernambuco e Piauí - Região Nordeste; e Tocantins - Região Norte.
A Embrapa aconselha também que os agricultores observem as recomendações previstas no Zoneamento Agrícola de Risco Climático, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para prevenir a ocorrência de doenças e garantir as melhores produções.
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