PIB do agronegócio mineiro cresceu 14,8% em 2008
O Brasil é o terceiro maior produtor de feijão caupi e desde 2004 registra um incremento na produção nacional com a inclusão da região Centro Oeste no mapa de regiões produtoras viabilizada pelo lançamento de cultivares melhoradas pela Embrapa. Quatro novas cultivares estão sendo testadas e vão elevar para 17 o número de variedades da Empresa disponíveis no mercado até o final do ano.
Historicamente, o cultivo do caupi vinha sendo feito nas regiões Norte e Nordeste, sendo esta última responsável por 80 por cento da produção nacional. Há cinco anos, quando a pesquisa colocou no mercado a BRS Guariba, a situação começou a mudar atraindo produtores do Centro Oeste. A expectativa para este ano é de que Mato Grosso produza mais de 100 mil hectares de feijão caupi.
Mecanização – Porte ereto e maturidade uniforme são as características que tornam especial a cultivar desenvolvida pela Embrapa Meio Norte, sob comando do pesquisador Francisco Freire. “Agora, a mecanização da lavoura, do plantio até a colheita”, explica. O Brasil é auto suficiente na produção do feijão de corda, como também é conhecido, e já exporta, a partir de Mato Grosso, para a Índia, Turquia, Israel, Egito, Canadá e Portugal, diz Freire.
Entre as cultivares a serem lançadas em 2009, pelo menos uma atenderá à solicitação do mercado europeu por grãos maiores. Os novos materiais estão em fase de teste e validação, etapas da pesquisa que contam com apoio de produtores. No início do mês, uma equipe da Embrapa coordenada pelo diretor executivo da Empresa, José Geraldo Eugênio de França, visitou a propriedade de Moacir Tomazetti, localizada em Primavera do Leste/MT e pioneira no cultivo do caupi no estado.
Safrinha - O produtor se diz empolgado com a chegada das cultivares e com os resultados já obtidos. Inicialmente Tomazetti usava o feijão como alternativa para a segunda safra, mas passa a ser a principal cultura da propriedade. Estima-se que o negócio do caupi faça circular em Mato Grosso cerca de 200 milhões de reais ao ano, informa o diretor da Embrapa. “A difusão e aumento da área da cultura no Centro Oeste passa obrigatoriamente pelo trabalho de divulgação e fornecimento de sementes básicas”, diz França.
Segundo o gerente geral José Roberto Rodrigues Peres, da Embrapa Transferência de Tecnologia - unidade responsável pela multiplicação das sementes -, as cultivares que entram no mercado no segundo semestre estão sendo testadas na Unidade de Produção de Rondonópolis (MT) e no Escritório de Negócios localizado em Petrolina (PE). “Os lançamentos deverão representar vantagens também para o agricultor familiar nordestino”, avalia.
Valéria Costa
Embrapa Transferência de Tecnologia
61 3448.4510
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