Dow AgroSciences reforça quadro de executivos
Em 12 de maio, lideranças do agronegócio, cooperativas, produtores, universidades e autoridades da região se reúnem na UNICRUZ, das 13h30min às 17h, para debater temas em evidência internacional, entre eles gestão de solos, águas e microbacias, segurança alimentar e tecnologias inovadoras de manejo e controle de pragas. A série de palestras propostas pelo I-UMA ( para disseminar conhecimento e troca de experiências no setor atendem peculiaridades regionais de produção, mercado e negócios. Na edição deste ano, o Circuito vai percorrer dez cidades gaúchas e deverá mobilizar 300 municípios do Estado. Entrada franca.
Responsável por 23% (R$ 1,2 trilhão) do PIB nacional e com forte peso na balança comercial, com US$ 99,96 milhões em exportações no ano passado, o setor do agronegócio terá de ter um olhar mais apurado para enfrentar os desafios de 2015, ano marcado pela instabilidade, alta dos custos de produção e de juros. Em momentos delicados da economia, investimento em conhecimento torna-se a máxima para assegurar produtividade e rentabilidade. Este é o grande mérito do 2º Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio, liderado pelo I-UMA - Instituto de Educação no Agronegócio, que levará cerca de 30 palestras com temas relevantes na pauta internacional dos negócios para os mais distantes rincões do Rio Grande do Sul. A abertura oficial do calendário de 2015 será feita pelo secretário de Agricultura, Ernani Polo, no dia 12 de maio, em Cruz Alta. O encontro será no Salão Nobre (prédio 5) da Unicruz - Campus Universitário Ulysses Guimarães, apoiadora cultural do evento, das 13h30 às 17 horas, com entrada franca. Informações: (51)3224-6111 com Raquel Bueno ou pelo agrocircuito@i-uma.edu.br. O encontro também recebe apoio da Simbiose, empresa com matriz em Cruz Alta e cerca de 17% do market share nacional no segmento de fertilizantes biológicos.
Na edição de 2014, o Instituto de Educação no Agronegócio reuniu nas cinco etapas do Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio mais de 1,4 mil participantes de 120 municípios do Rio Grande do Sul.
Com a proposta de discutir formas para alavancar o setor e levar informações de valor ao produtor rural, o I-UMA calibrou, ainda mais, a edição de 2015. Neste ano, o Circuito será por temários, conforme as peculiaridades de cada região. “O Circuito é uma grande mobilização do conhecimento do agronegócio. Vamos tratar da produtividade e da competitividade do setor”, afirmou o presidente do I-UMA, o economista José Américo da Silva. Segundo ele, o produtor está aumentando sua percepção sobre a necessidade de novos aprendizados, independente das variáveis econômicas. A prova vem do aumento da procura para sediar o evento. “Em 2014, foram 5 regiões, com participação de 120 municípios. Neste ano, fomos demandados por 14 regiões, mas vamos conseguir atender 10, abrangendo 300 munícipios”, comentou. Mais do que isso. Além de autoridades políticas, produtores rurais, lideranças do agronegócio, cooperativas, entidades setoriais e do sistema financeiro, as universidades também se engajaram e irão sediar algumas das etapas do circuito.
PALESTRAS - Com programação de maio a novembro, as palestras serão direcionadas a vários temas, alguns deles já trabalhados no ano passado, porém não podem ficar fora da grade por sua atualidade, a exemplo do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e da Sucessão Familiar. Mas novidades não vão faltar para fundamentar o ciclo produtivo do agronegócio, que, mesmo com a previsão de clima favorável e iminente safra recorde de grãos, precisa se atualizar. Com esta premissa, Gestão de Solos, Água e Microbacias, Segurança Alimentar e Tecnologias Sustentáveis, Tecnologias de Manejo de Controle de Pragas e as vantagens do uso de fertilizantes biológicos vão compor o pacote de conteúdos do encontro em Cruz Alta.
ANO DOS SOLOS - Como 2015 é o Ano Internacional dos Solos da ONU, o tema do secretário de Agricultura e Pecuária, Ernani Polo, não poderia ser mais apropriado para a abertura do Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio. Entre as explanações, uma delas será o Programa Estadual de Gestão de Solos e Água, que deve ser lançado nos próximos meses. “Existe um risco mundial de colapso dos solos. O Brasil precisa fortalecer e difundir a cultura do manejo correto do solo e da água”, disse ele, acrescentando que este programa deve ser permanente, ao mesmo tempo garantir um novo cenário para as gerações futuras. O trabalho, também com caráter educativo, atuará em dois eixos: aumento da produção de alimentos e meio ambiente. “Temos um grande potencial agropecuário no Rio Grande do Sul e precisamos focar no aumento de nossa produtividade, sem deixar de lado a preservação ambiental.”
SEGURANÇA ALIMENTAR – Dentro deste contexto, os investimentos em tecnologia não podem mais ser separados da sustentabilidade, conceitos e práticas que ganharão voz com a doutora Liris Kindlein, com pós-doutorado em Ciência Animal e Pastagens pela USP, que fará palestra sobre Segurança Alimentar e as Tecnologias Sustentáveis. “A sociedade do século 21 vivencia uma nova era, um tempo da informação. As pessoas têm percepções e conceitos divergentes, principalmente no que diz respeito à segurança alimentar, que tem papel de destaque na economia como na mesa do consumidor”, afirmou. Para Liris, a verdadeira modernização da agricultura-pecuária exige que o manejo dos recursos naturais e a seleção de tecnologias sustentáveis usadas no processo produtivo sejam o resultado de uma nova forma de aproximação e integração entre ecologia, agronomia e produção animal. “A discussão sobre sustentabilidade, pelo prisma do modelo agrícola, ou da matriz produtiva, ganha relevância quando examinado à luz do problema da segurança alimentar”, relatou a professora.
BIOECONOMIA - Dentro dessa mesma lógica, de conjugar negócios e meio ambiente, o doutor em Entomologia pela Universidade de São Paulo (USP/ESALQ) e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Jerson Vanderlei Carús Guedes, vai dar uma aula sobre Tecnologias Inovadoras para o Manejo de Controle Pragas. Segundo ele, a proteção convencional das culturas contra as pragas, feita à base de pesticidas químicos, impacta sobre organismos não-alvo, deixa resíduos nos alimentos, na água e no solo, além de apresentar riscos praticamente imensuráveis ao meio ambiente, que podem se manifestar depois de décadas. Apesar do uso abusivo de pesticidas e da exploração indiscriminada dos recursos não renováveis e renováveis, com a extinção de muitos ecossistemas e sua biodiversidade, há boas chances de se mudar esta realidade, conforme Carús Guedes. Mudança que atende pelo nome de “bioeconomia”. “Esta ciência nos brinda com soluções para quase todos os problemas de proteção contra pragas da agricultura. Mas é preciso desenvolver conhecimento para explorar estes recursos que a natureza oferece e protegê-los da ação predatória”.
“Entre as oportunidades destaca-se o controle biológico de pragas agrícolas (insetos, patógenos, nematoides e plantas daninhas), à base de microorganismos disponíveis na natureza. Estes agentes podem ainda em simbiose com plantas, favorecer o seu desenvolvimento em associações vantajosas para ambos”, explicou. Segundo ele, nas últimas décadas, a única inovação sustentável aplicada à agricultura se traduz em bioprodutos para a proteção e o desenvolvimento de plantas. “Mas para isso precisamos proteger nossos agroecossistemas (biodiversidade), desenvolver tecnologia e ciência locais e interagir com a ciência mundial, para desenvolver conhecimento, antes de qualquer passo e depois produtos, tecnologias e soluções para uma agricultura produtiva e sustentável”, justificou.
TECNOLOGIA BIOLÓGICA - Toda essa tecnologia biológica já é disponibilizada ao mercado pela Simbiose, patrocinadora institucional do 2º Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio. A empresa, com matriz em Cruz Alta, tem na gestão sustentável dos processos seu maior patrimônio. Com cerca de 17% do market share nacional no segmento de fertilizantes biológicos, a Simbiose desenvolveu tecnologia 100% gaúcha para acompanhar a nova agricultura, que prima pela consciência verde. “A cada ano, as moléculas químicas perdem efeito e as pragas estão mais resistentes, portanto, é necessário mais aplicações de defensivos agrícolas, o que aumenta o custo para o produtor. Com os insumos microbiológicos o resultado é diferenciado, pois se consegue benefícios da questão sustentável à econômica, assim como social”, frisou Marcelo de Godoy Oliveira, presidente da Simbiose.
Segundo o executivo, como os produtos são elaborados à base de fungos e bactérias – pega-se e replica-se microorganismos nativos do solo brasileiro, ou seja, o que há de bom na natureza – sua aplicação combate doenças e pragas, possibilitando o melhor desenvolvimento da planta e produtividade na lavoura. “Ao contrário do insumo químico, o defensivo biológico não vai para o grão, muito menos para a mesa do consumidor. Esta molécula não vai para o lençol freático, não mata passarinho e nem causa danos à saúde do homem”, explicou. Segundo Oliveira, estudos da Bacia Hidrográfica do Rio Grande do Sul apontam contaminação dos lençóis freáticos por bactérias químicas. “Enquanto que a média nacional do consumo per capita de veneno é de 7 litros, no Estado gaúcho esse volume chega a 16 litros. Com o fertilizante biológico esse número é zerado”, concluiu.
AGENDE-SE
2º Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio – Abertura oficial dia 12 de maio, em Cruz Alta
Local: Salão Nobre (prédio 5) da Unicruz - Campus Universitário Ulysses Guimarães, (rodovia Municipal Jacob Della Mea, Km 5,6), das 14h as 17h
Credenciamento: 13h30
Entrada gratuita
Informações: (51)3224-6111 com Raquel Bueno ou pelo agrocircuito@i-uma.edu.br
PALESTRAS
- Gestão de Solos, Águas e Microbacias – Ministrada pelo secretário Estadual de Agricultura e Pecuária, Ernani Polo
- Segurança Alimentar e Tecnologias Sustentáveis – Visão da Matriz Produtiva, Grãos e Pecuária e Processos - Liris Kindlein, pós-doutorado em Ciência Animal e Pastagens pela USP e professora da UFRGS.
- Tecnologias Inovadoras para o Manejo de Controle de Pragas - Jerson Vanderlei Carús Guedes, doutor em Entomologia pela Universidade de São Paulo (USP/ESALQ) e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
- Patrocinador institucional: Simbiose
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