Crédito para safra de Minas aumenta 30%
Os agricultores de Minas Gerais já podem recorrer à linha de crédito de R$ 6,5 bilhões, definida pelo Banco do Brasil para cobrir o custeio, investimento e comercialização da safra 2009/2010.
O anúncio foi feito sexta-feira (07/08), no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, durante assinatura de acordo de cooperação técnica entre o Governo de Minas e o banco. Para o secretário da Agricultura, Gilman Viana Rodrigues, "esse crédito chega com números confiáveis e em condições de ajudar os produtores a se recuperar dos efeitos da crise econômica mundial."
Os recursos concedidos aos agricultores mineiros representam 16,4% do total a ser concedido pelo Banco do Brasil no país para custeio, investimento e comercialização da safra. Do total liberado para Minas, a cifra de R$ 1,5 bilhão será destinada à agricultura familiar e R$ 5 bilhões para a agricultura empresarial. Os valores deste ano disponibilizados pelo banco são aproximadamente 30% superiores aos do ano passado, quando foram registrados 160 mil contratos no Estado.
Conforme o explicou o secretário, o volume de crédito anunciado neste ano deverá atender à demanda dos produtores mineiros, mas se houver uma procura maior o Governo de Minas poderá interceder junto ao banco para obter a ampliação dos recursos. Viana disse que "faz parte do trabalho da Secretaria da Agricultura estimular a demanda por crédito e participar do esforço para que as solicitações sejam atendidas". Acrescentou que Secretaria se esforça sempre, junto aos produtores, para que busquem resultados em suas atividades, e neste caso o crédito é um componente indispensável.
De acordo com o secretário, está previsto o aumento da busca de recursos para o desenvolvimento das atividades econômicas e, sobretudo, na agricultura. Segundo Viana, os recursos do Plano Safra poderão dar mais resultado se forem liberados em momentos diferenciados para custeio e investimento. "Para custear a safra, o produtor precisa estar com a infraestrutura da propriedade preparada. Por isso, as verbas de custeio e investimento não devem, necessariamente, ser liberadas ao mesmo tempo, num momento único. O crédito para investimento deve estar disponível durante todo o ano. " enfatizou.
O secretário destacou a importância do crédito para a agricultura familiar. "A agricultura familiar é parte do agronegócio, apenas seu porte é menor", observou. "Todo produto agrícola, qualquer que seja a sua origem, incorpora-se ao agronegócio", enfatizou.
Para o vice-gestor de Pessoas e Responsabildade Socioambiental do Banco do Brasil, Robson Rocha, a política de crédito do Banco do Brasil aumentou de importância no período em que a crise teve mais reflexos nas atividades. "Naquela fase, o banco ampliou o crédito inclusive para o agronegócio", acrescentou, e em seguida afirmou que não faltará dinheiro para a produção rural caso o aumento dos recursos em 30% para esta safra seja insuficiente.
O superintendente do Banco do Brasil em Minas, Tércio Luiz Tavares Pascoal, também destacou a importância de instituições financeiras fortes principalmente em momentos como atual. Citando dados do Banco Central, ele acrescentou que a crise econômica provocou um encolhimento do crédito no país em cerca de R$ 4 bilhões, mas o Banco do Brasil incrementou suas linhas para a agricultura em R$ 2 bilhões. "No fim da safra todos saíram mais fortes", observou.
A parceria entre o governo do Estado de Minas Gerais e o Banco do Brasil possibilita a concessão de financiamentos para produtores rurais, pessoas físicas (diretamente ou por suas cooperativas e associações) ou pessoas jurídicas/agroindústrias, inseridas na cadeia do agronegócio mineiro.
A maior parte dos recursos é utilizada para custeio, investimento e comercialização de diversas atividades agropecuárias. Serão também beneficiados programas criados pela Secretaria da Agricultura para a melhoria da qualidade genética do rebanho, fortalecimento da produção artesanal e especificamente para o aprimoramento da produção do queijo Minas Artesanal. Os recursos do Plano Safra alcançam ainda, em Minas, programas para intensificar a pecuária em pastagens com melhor capacidade de ocupação no Estado. Também dão suporte ao incentivo para a correção do solo e recuperação de pastagens degradadas.
Ivani Cunha
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(31) 3215-6568 /
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