Cooperação Brasil–Moçambique impulsiona produção de café

Com liderança da Epamig, missão técnica da FAO identifica potencial produtivo e oportunidades para o desenvolvimento rural

11.12.2025 | 15:33 (UTC -3)
Mila Cristian
Fotos: Gladyston Carvalho
Fotos: Gladyston Carvalho

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), a convite da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), integrou uma missão técnica voltada para o fortalecimento da produção cafeeira em Moçambique, país do continente africano.

Representada pelo pesquisador Gladyston Carvalho, também escolhido para liderar a missão, a Epamig, que atua ativamente em pesquisas relacionadas ao melhoramento genético, desenvolvimento e validação de novas cultivares de café, contribuiu com a contextualização dos sistemas de produção locais, avaliando diferentes áreas e realizando treinamentos destinados a cafeicultores, técnicos e pesquisadores.

“Diante do trabalho desenvolvido pela Epamig e considerando a tradição de Minas Gerais no cultivo do café, fui enviado com a missão de conhecer as diferentes regiões produtoras, compreender a cafeicultura já existente e colaborar no treinamento das equipes, apresentando uma visão sobre a aptidão do País para a produção de café dentro de um modelo de base familiar.  A partir disso, buscamos gerar retornos capazes de aperfeiçoar a atividade e proporcionar melhores condições de vida”, ressaltou Gladyston.

O pesquisador destacou ainda que Moçambique possui condições naturais favoráveis à cafeicultura e semelhantes às de Minas Gerais.

“Enxergo um grande potencial de produção, além de uma cafeicultura com clima, altitude e precipitação muito semelhantes aos de Minas Gerais. O sistema produtivo é parecido, se tratando de florescimento e modelo de colheita. Há áreas mecanizadas, boa disponibilidade hídrica para irrigação e regiões com relevo plano a montanhoso, além de altitude que varia de 650 a 1250 metros, capaz de produzir em quantidade e boa qualidade sensorial. Vejo uma similaridade, embora o perfil do agricultor seja diferente”, avaliou.

Além de fortalecer capacidades técnicas e ampliar oportunidades de cooperação de longo prazo entre Moçambique e Brasil, a missão organizada pela FAO busca consolidar a cafeicultura como uma importante fonte de renda para as famílias, especialmente para comunidades que tradicionalmente se dedicam a culturas de subsistência, como milho, feijão e mandioca.

A primeira expedição técnica também busca abrir caminho para novas oportunidades, como a possibilidade de coletar material genético da espécie Coffea racemosa, que tem Moçambique como país de origem, para sua introdução no Banco Ativo de Germoplasma da Epamig, além de contribuir para a geração de emprego, o desenvolvimento rural e o crescimento econômico das regiões envolvidas.

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