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A atualização semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), relacionada às condições das lavouras norte-americanas de soja e milho, indicou uma melhora nas condições da oleaginosa e uma piora nas condições do cereal na semana entre os dias 22 e 27 de julho.
“Apesar da piora no milho, os níveis de condições boas ou excelentes continuam os melhores desde a temporada 2016/17, indicando um ótimo desenvolvimento até este momento”, afirma Luiz Roque, Coordenador de Inteligência de Mercado da Hedgepoint Global Markets.
Em relação à soja, segundo o USDA, até o dia 27 de julho 70% das lavouras estavam em boas ou excelentes condições, com uma melhora de 2 pontos percentuais frente à semana anterior (68%) As lavouras continuam em uma situação melhor do que em mesmo período do ano passado, quando o percentual de lavouras em boas ou excelentes condições era de 67%.
Já em relação ao milho, segundo o USDA até o dia 27 de julho 73% das lavouras estavam em boas ou excelentes condições, com uma piora de 1 ponto percentual frente à semana anterior (74%). “Apesar da deterioração, os índices atuais continuam bem acima do registrado em mesmo período do ano passado (68%). Além disso, o percentual atual permanece sendo o melhor desde a temporada 2016/17”, observa o analista.
“Quando olhamos para o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI, na sigla em inglês) do Meio-Oeste norte-americano, notamos que os níveis atuais apontam para uma excelente densidade das plantas em relação à safra anterior e à média dos últimos 25 anos, indicando, também, um bom desenvolvimento das lavouras até o momento”, diz.
De acordo com as análises feitas pela Hedgepoint, os mapas de previsões climáticas apontam agora para um período de alguma umidade sobre boa parte do cinturão produtor entre os dias 28 de julho e 3 de agosto. Apesar disso, partes de alguns importantes estados produtores devem receber pouca ou nenhuma umidade no período, o que pode trazer um ambiente menos favorável para o desenvolvimento das plantas.
Já no período entre os dias 4 e 10 de agosto, a umidade deve continuar atingindo a maior parte do cinturão produtor, mas com poucas chuvas sendo previstas as Dakotas e para o Sul do cinturão.
“É importante lembrar que o mês de agosto é um mês decisivo para o desenvolvimento da safra de soja nos Estados Unidos, e uma umidade regular é necessária para uma boa evolução da etapa de enchimento de grãos. A atenção deve ser redobrada nas próximas semanas, e é possível vermos um aumento da volatilidade em Chicago”, destaca Roque.
Ainda de acordo com o coordenador, a previsão de precipitações para o todo o mês de agosto aponta para chuvas próximas da normalidade em praticamente todo o cinturão produtor, sem sinais de “bolsões de seca” em nenhum grande estado produtor.
No que se refere à previsão de temperaturas, o mapa para agosto indica temperaturas também dentro da normalidade na maior parte do cinturão produtor, o que tende a ser favorável para as lavouras.
“De uma forma geral, as condições climáticas continuam apontando para um clima favorável no cinturão produtor norte-americano nas próximas semanas, sem grandes riscos aparentes para o desenvolvimento final das safras de soja e milho”, afirma.
Diante de um clima positivo e possíveis safras cheias nos EUA, os fundos especuladores continuam com posições líquidas vendidas na soja e no milho.
Roque explica que na soja, entre os dias 16 e 22 de julho, os fundos até reduziram suas posições vendidas em torno de 22 mil contratos, mas continuam com uma posição líquida vendida de aproximadamente 67 mil contratos, o que indica alguma fraqueza para Chicago.
“No caso do milho, os fundos continuam apostando no lado vendedor do mercado, mantendo suas posições líquidas vendidas desde meados de abril. Mesmo com uma redução de aproximadamente 1,5 mil contratos entre os dias 16 e 22 de julho, a posição líquida vendida permanece em torno de 264 mil contratos, próxima da mínima dos últimos cinco anos (o que também indica fraqueza para Chicago)”, conclui.
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