Região de Matão é exemplo de que é possível controlar o greening
A região de Matão foi a única do cinturão citrícola que apresentou queda da incidência de greening em 2021
Os preços praticados no mercado para o transporte marítimo de cargas apresentam tendência de alta. A elevação pode superar 20% a depender da rota e do produto a ser transportado. De acordo com o Boletim Logístico, divulgado nesta terça-feira (22) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para os fertilizantes removidos da Europa para o Brasil, a elevação foi em torno de 10%, passando de 46 para 50 dólares por tonelada. Já se a origem dos produtos é o Egito, o aumento passa de 20%, chegando a 12 dólares por tonelada.
“Essa subida nos preços do frete marítimo é explicada não só pelo aumento nos valores do barril de petróleo, que impacta no combustível, mas também pela menor quantidade de rotas disponíveis, principalmente na região do Mar Negro. Com isso há uma maior demanda por outros percursos, além de uma menor disponibilidade de navio”, explica o superintendente de Logística Operacional da Companhia, Thomé Guth.
O boletim também destaca uma expectativa de uma maior pressão na demanda por frete no país, principalmente no segundo semestre, período em que o volume de embarques dos produtos para exportação é maior. “Desta feita, há uma tendência de aumento do volume de exportação do milho brasileiro, o que impactará na movimentação de cargas para as principais rotas de exportação. Se observarmos temos uma indicação de alta nos valores do prêmio de porto para o cereal, tanto em Santos quanto em Barcarena, para o mês de julho. Isto mostra um cenário de forte interesse dos importadores pelo milho brasileiro, sobretudo diante das incertezas dos efeitos da guerra”, ressalta Guth. “Como já se espera um volume recorde de exportação de milho para a safra atual, de acordo com o último levantamento de safra da Conab, de 35,0 milhões de toneladas, um novo incremento pode ocasionar uma demanda ainda maior por frete, bem como uma maior movimentação nos portos nacionais, inclusive nos portos do Arco Norte, visto que boa parte deste volume exportado tende a ter origem no Mato Grosso”.
No cenário doméstico, o preço dos fretes rodoviários continua em movimento de alta. Dentre os motivos para a valorização verificada estão a menor disponibilidade de veículos, diante do avanço da colheita da soja no país, bem como a elevação nos preços dos combustíveis, diante do aumento do barril de petróleo no mercado externo.
“Em Mato Grosso, a colheita da soja atingiu seu pico em fevereiro. O que se verifica é que o expressivo fluxo de caminhões para o porto de Miritituba (PA) tem provocado o estrangulamento na descarga, gerando longas filas para desembarque, aumentando o tempo de espera. Essa maior estadia está sendo compensada com o aumento do frete”, diz.
Segundo o boletim, a dinâmica de preços para os terminais ferroviários nos municípios de Rondonópolis e Alto Araguaia também seguiu a linha de incremento. “Devido à baixa oferta de frete-retorno, o que torna a rota pouco atrativa, a elevação no valor praticado para a remoção ocorre para que o transporte da soja seja mantido. Dessa maneira, a junção entre colheita e a dinâmica de escoamento para exportação deve manter os preços elevados durante boa parte de março”, pondera o superintendente.
A análise completa sobre os impactos do conflito entre Ucrânia e Rússia na logística, bem como demais informações sobre o mercado de frete em Mato Grosso do Sul, Paraná , Goiás e Distrito Federal podem ser acessadas na íntegra do Boletim Logístico - Março/2022, disponível no site da Companhia.
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