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A Organização das Nações Unidas (ONU) quer uma maior interação com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nas ações do Programa Mundial de Alimentos (PMA). A proposta foi feita no mês de novembro, durante missão da Companhia em Roma. Um dos primeiros resultados será a criação de um grupo de trabalho que funcionará como um fórum permanente de debate, consulta e nivelamento de questões relacionadas à segurança alimentar e nutricional. Devem integrar o grupo a Conab, o PMA e o Ministério das Relações Exteriores/CGFome.
Entre os temas discutidos está a possibilidade de o Brasil vender ao PMA o excedente dos estoques públicos de alimentos (PGPM e Agricultura Familiar), e demais produtos que venham a ser demandados. A viabilização legal desse tipo de operação já está em análise pela Conab.
Outra parceria proposta pelo PMA, já com a concordância da Conab, será a elaboração de um manual de operações para doações internacionais, com a participação do MRE, em um seminário que poderá ocorrer em março no Brasil. Assim, todos os procedimentos para doação internacional de alimentos deverão passar por um processo de padronização, visando dar maior agilidade e efetividade.
Ainda com o objetivo de dar mais agilidade à doação de alimentos a comunidades em situação de insegurança alimentar, o PMA disponibilizou os armazéns de Las Palmas, na Espanha, e de Brindisi, na Itália, como bases para a distribuição de alimentos brasileiros. A ideia é que o PMA também venha a ter, em um futuro próximo, um armazém no Brasil.
A agenda com o PMA inclui, também, a celebração de um acordo de cooperação, em fase de finalização, que prevê o treinamento de técnicos da Companhia nas áreas de logística (transporte e armazenagem) no entreposto de Brindisi - maior armazém do mundo para doação de alimentos.
Como desdobramento da missão da Conab à Itália - chefiada pelo presidente Rubens Rodrigues dos Santos - também poderá ser firmado um acordo de cooperação com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), por iniciativa da alta direção daquela organização, no sentido de capacitar técnicos brasileiros como multiplicadores na execução de projetos na área agrícola (Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar) em países menos desenvolvidos.
"A presença da alta direção da Conab pela primeira vez na sede da FAO, oferecendo a sua estrutura para a contribuição no desenvolvimento de projetos conjuntos, soa como música para os meus ouvidos", avaliou o diretor-geral da FAO, José Graziano, ao final do encontro.
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