Comitê Tático do Greening do Fundecitrus se reúne pela primeira vez para discutir ações de combate à doença

Criado em dezembro e formado por representantes de diversos elos do setor, grupo busca propor soluções para reduzir incidência do greening em São Paulo e Minas Gerais

15.12.2021 | 16:50 (UTC -3)
Assessoria Fundecitrus

Os integrantes do Comitê Tático do Greening do Fundecitrus, composto por citricultores, empresas, profissionais do setor, cientistas e representantes de instituições públicas de ensino e pesquisa, reuniram-se ontem (14/12) na sede do Fundecitrus, em Araraquara (SP).

Contextualizando a formação do Comitê, o presidente do Fundecitrus, Lourival Carmo Monaco, ressaltou o foco no planejamento estratégico da instituição, que se desdobra para planejamentos temáticos e operacionais. “O novo modelo incorpora os conhecimentos acumulados ao longo de anos e as novas demandas do setor no longo prazo. A política de governança avança para, além do greening, outros temas prioritários à sobrevivência e à sustentabilidade da cadeia produtiva de citros, como a mecanização da colheita”, pontua.

Greening

No primeiro encontro do colegiado, após a apresentação detalhada sobre a grave situação do greening no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro – o que inclui estratos de incidência por região, tamanho de propriedade e idade de árvores, além do mapeamento de risco para plantios novos e renovação de pomares e adequação do manejo conforme a situação da doença na região, microrregião e entorno da propriedade –, cada membro fez suas considerações acerca da seriedade do problema, ecoando o sentimento de cada elo do setor.

“O objetivo inicial era estabelecer um nivelamento de informações sobre o greening em São Paulo e Minas Gerais e as razões do aumento. Em seguida, ouvir um por um, saber o que eles pensam, quais são as principais dificuldades de controle da doença e o que eles têm em mente para revertermos o quadro”, explica Monaco.

Na sequência, foram apresentados os trabalhos já executados, os trabalhos em andamento e os trabalhos planejados para o enfrentamento do greening nas áreas de Pesquisa e Desenvolvimento, Transferência de Tecnologia e Comunicação.

Principais pontos

Os principais debates ao longo das apresentações e considerações abordaram questões econômicas (relação custo-benefício do controle no curto, médio e longo prazo); melhor controle do vetor (principalmente rotatividade do modo de ação dos defensivos agrícolas para incrementar a assertividade das aplicações evitando resistência); uso de produtos sem eficiência para controle do vetor; cenário de incidência e forma de atuação no combate ao greening por região e microrregião; e a Resolução 88 da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo (dentre outras determinações, a nova legislação estadual exige a eliminação de plantas sintomáticas com até oito anos após o plantio).

Monaco destacou que, em função das ansiedades do setor, o departamento de Comunicação da instituição, em conjunto com Pesquisa e Desenvolvimento e Transferência de Tecnologia, deve focar em conteúdos de orientação ao citricultor no tocante a ciclo do psilídeo e contaminação; rotação de produtos por modo de ação, que tem sido confundida com rotação de grupos químicos e ingredientes ativos, para evitar o selecionamento de populações de psilídeo resistentes; volume de calda; e gestão da pulverização, dentre outras.

Além do presidente do Fundecitrus, o Comitê Tático do Greening do Fundecitrus tem os seguintes integrantes: Alexandre Tachibana (Cambuhy Agrícola), Claudinei Ferretti (LDC Sucos), Dirceu Mattos Jr. (Centro de Citricultura “Sylvio Moreira”), Eduardo Andrade Lopes (Citrosuco), Jesus Ferro (FCAV/Unesp Jaboticabal), João Roberto Spotti Lopes (Esalq/USP Piracicaba), Juliano Ayres (Fundecitrus), Luiz Fernando Girotto (Faro Capital), Marcelo Miranda (Fundecitrus), Marco Antonio Marchesi (Cutrale), Maurício Lemos Mendes da Silva (Gconci) e Renato Bassanezi (Fundecitrus). O propósito do Comitê é criar o Planejamento Estratégico de Greening, que será avaliado pelo Conselho Deliberativo do Fundecitrus.

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