​CNH Industrial avança no uso da tecnologia 3D

Com a manufatura aditiva, empresa tem facilitado processos produtivos, otimizando o custo, ganhando tempo e evitando desperdícios

15.12.2016 | 21:59 (UTC -3)
Carla Medeiros

CNH Industrial aplica a tecnologia 3D a favor dos seus negócios. A empresa investiu em uma máquina de impressão tridimensional de alto nível e agora fabrica algumas peças para a produção de equipamentos agrícolas e de veículos comerciais, bem como aparatos e dispositivos para montagem e garantia da qualidade. Um bom exemplo é a fabricação de um duto, utilizado no tubo de descarga de uma das colheitadeiras – aquele que ejeta os grãos recolhidos do tanque armazenador para uma carreta de transporte tracionada por um trator – que foi fabricado em uma noite e permitiu a montagem correta e dentro das especificações.

O projeto começou há dois anos e será usado de base para futuros investimentos globais, segundo o engenheiro responsável pela área de Otimização de Custos de Produtos Plásticos para Aplicações Agrícolas da CNH Industrial para a América Latina, João Kovalchuk. “A máquina está instalada na planta de Curitiba, fazemos testes desde 2014 e os resultados foram sempre muito bem avaliados. A tecnologia 3D é uma das descobertas mais fantásticas dos últimos anos e é sinônimo de agilidade e perfeição! Estamos vivendo uma nova revolução industrial com a manufatura aditiva, acelerando os processos, facilitando a produção, otimizando os custos (menos material e menos desperdício) e melhorando a logística, pela velocidade e a flexibilidade. Antes usávamos outas técnicas, mais lentas, mais caras e menos precisas ou na linha de montagem diretamente ou em fornecedores externos”, afirma.

Na CNH Industrial, o projeto de inovação de impressão 3D é focado em partes produtivas com volumes baixos, partes não produtivas (dispositivos elétricos, gabaritos e ferramentas) e protótipo/peças teste. “É um novo mundo: não precisamos ter estoque, não ficamos limitados por processos, podemos customizar e produzir qualquer peça em tempo real, inclusive componentes de equipamentos que já saíram de linha de produção, mas que continuam operando”, disse o engenheiro.

Peças em escala de um trator em desenvolvimento, usadas para verificar o melhor posicionamento de estoque em linha para a montagem

De acordo com João Kovalchuk, hoje não é mais necessário 'imaginar' como será o produto final, pois já é possível obter uma amostra antes mesmo da construção do ferramental definitivo. “Podemos fabricar itens auxiliares da produção, que garantem a qualidade e a conformidade na hora em que são necessários, além de muitas outras melhorias de produto que podem ser realizadas agora de forma fácil e sem demora. Isso tudo eleva a fabricação a um novo patamar, no qual os fatores “tempo” e “custos” são muito menores, além do cliente ter a certeza de que receberá um item com real valor agregado”, afirmou.

Um exemplo disso é a fabricação de moldes para injeção de pequenos volumes – hoje, entre 70 a 90% do preço de uma peça plástica utilizada na indústria automobilística consiste na absorção dos custos da ferramenta que faz essa peça. “No nosso caso, como a produção é sazonal, bem mais específica e em quantidades consideravelmente menores, fica praticamente inviável a construção de moldes, pois as necessidades de mudanças ou os ajustes depois das primeiras peças-protótipo podem custar muito e demorar meses, perdendo janelas de negócio. Usando a tecnologia de impressão 3D é possível reduzir esses custos e principalmente tempo, já que sabemos como será a peça final, sem erros e com grande grau de confiança de processo, fazendo com que o preço da ferramenta seja no máximo entre 20 a 30% da peça e que a mudança esteja pronta antes da próxima safra”, explica.

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