CNA levanta custos de produção de arroz e café

Projeto Campo Futuro realizou coleta de dados nos municípios de Uruguaiana (RS) e Caconde (SP)

09.06.2022 | 17:18 (UTC -3)
CNA
Projeto Campo Futuro realizou coleta de dados nos municípios de Uruguaiana (RS) e Caconde (SP). - Foto: Wenderson Araujo/CNA
Projeto Campo Futuro realizou coleta de dados nos municípios de Uruguaiana (RS) e Caconde (SP). - Foto: Wenderson Araujo/CNA

O Projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, no início desta semana, o levantamento de custos de produção das culturas de arroz e café, nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo.

Os painéis contaram com o apoio das federações de agricultura e pecuária estaduais e de técnicos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e do Centro de Inteligência de Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA).

Arroz

O encontro para o levantamento de custos de produção do arroz foi realizado na segunda (6) e reuniu agricultores do município de Uruguaiana (RS), principal região produtora de arroz do estado.

De acordo com o assessor técnico da CNA, Tiago dos Santos Pereira, os agricultores informaram que a estiagem afetou a região de forma heterogênea, mas no geral, faltou água nas barragens para irrigação dos arrozais.

Dados preliminares relevaram que o desembolso com defensivos e fertilizantes sofreu aumento de 25% e 45%, respectivamente, com relação aos dados levantados em 2021, para a mesma propriedade modal da região.

Por outro lado, a produtividade obtida média por hectare foi de 166 sacas de 50 quilos, uma redução de 20% em relação ao constatado no painel do ano anterior.

Café

Já o painel de custos de produção do café arábica ocorreu na terça (7), em Caconde (SP), e reuniu produtores rurais e o presidente do sindicato rural do município, Ademar Pereira.

De acordo com o relato dos cafeicultores, as adversidades climáticas ocorridas por dois anos consecutivos (seca em 2020 e geadas em 2021) impactaram a produtividade média da região, que foi reduzida de 40 sacas para 35 sacas por hectare.

Segundo a assessora técnica da CNA, Raquel Miranda, em comparação com o painel realizado no ano passado para a mesma propriedade modal, o desembolso com os principais componentes do custo de produção teve alta expressiva: mecanização (48%), mão de obra (160%), corretivos (189%) e fertilizantes (325%).

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