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As exportações do agronegócio brasileiro cresceram em agosto de 2025 em comparação ao mesmo mês de 2024, mas registraram queda no mercado norte-americano devido ao início da aplicação das tarifas de importação dos Estados Unidos. O recuo foi de 5% frente ao ano anterior. Os dados foram analisados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em levantamento referente a agosto de 2025.
Em contrapartida, outros destinos tiveram forte expansão: União Europeia (+26%), África (+20%) e Ásia (+10%). Importadores e exportadores ainda se ajustam ao novo cenário tarifário, em busca de estratégias para manter a competitividade.
Nos EUA, os embarques de uva e manga cresceram em volume em relação a julho, mas o valor médio caiu 43%, passando de US$ 1,58/kg para US$ 0,68/kg. Já as exportações de pescados recuaram 8% em volume e 15% em valor frente a agosto de 2024.
Durante audiência pública em Washington, a CNA defendeu a competitividade do agro nacional. “O desempenho brasileiro decorre de fundamentos legítimos, como os recursos naturais e investimentos contínuos em inovação, e não de práticas desleais de comércio”, afirmou a diretora de Relações Internacionais da entidade, Sueme Mori.
No crédito rural, a CNA indica que o ritmo de liberação do Plano Safra 2025/26 está mais lento que em ciclos anteriores. Nos dois primeiros meses (julho e agosto), as contratações caíram 26% em custeio e 58% em investimento, ficando abaixo também das safras 2024/25 e 2023/24. Entre os motivos estão os juros elevados, os custos maiores de produção e critérios mais rigorosos das instituições financeiras.
O seguro rural também apresentou retração: -43% no valor segurado, -38% na área coberta e redução de 21% na subvenção federal, que passou de R$ 295 milhões em 2024 para R$ 231 milhões em 2025.
Apesar das dificuldades no crédito e seguro, o Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária deve crescer 11,6% em 2025, impulsionado pela soja na agricultura e pela carne bovina e ovos na pecuária. A estimativa é de R$ 973,7 bilhões para a agricultura e R$ 506,7 bilhões para a pecuária.
No varejo, a inflação de alimentos e bebidas recuou pelo segundo mês consecutivo, com destaque para a queda nos preços de batata, cebola, manga, arroz e carnes.
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