CNA apóia propostas do ministro para acabar com importações de fertilizantes

24.10.2009 | 21:59 (UTC -3)

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) distribuiu nota à imprensa, na sexta-feira (23/10), apoiando a decisão do ministro da Agricultura a respeito da importação de fertilizantes. Confira a íntegra to texto:

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apóia e considera acertiva, indispensável e corajosa a determinação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, de trabalhar para que o Brasil tenha rapidamente um marco regulatório que permita a exploração das suas reservas de fósforo, nitrogênio e potássio.

Acredita que somente assim o País poderá acabar com a dependência das importações de fertilizantes para suprir as lavouras e pastagens brasileiras e, assim, garantir auto-suficiência e avançar em competitividade.

Atualmente, o Brasil consome 24,6 milhões de toneladas de fertilizantes por ano, mas produz apenas 8,8 milhões de toneladas. Os 15,8 milhões de toneladas restantes precisam ser importados, o que representa um gasto anual de R$ 14 bilhões. A dependência de importações na área de fertilizantes é extrema e não se justifica.

A situação mais grave envolve o potássio, insumo que exige mais de 90% de importação para suprir a demanda nacional. O cloreto de potássio, que era negociado a menos de R$ 800 por tonelada no começo de 2003, atingiu pico de R$ 1,8 mil por tonelada em fevereiro deste ano, com um aumento de 125%. E o Brasil tem potássio na região de Nova Olinda do Norte, no Amazonas, e também em área que vai do Espírito Santo a Alagoas.

Assim, a CNA reafirma que a dependência externa no mercado de fertilizantes colabora para tirar a competitividade do agronegócio brasileiro e impede que os alimentos possam chegar ainda mais baratos à população. Tem convicção de que é indispensável o domínio do Brasil sobre suas próprias reservas minerais. Entende que não há motivos que justifiquem a necessidade de aquisição de fertilizantes no exterior nos níveis atuais e apoiará as ações do ministério da Agricultura que busquem promover a independência do País no abastecimento de fósforo, potássio e nitrogênio à agropecuária nacional.

Brasília, 23 de outubro de 2009

SENADORA KÁTIA ABREU

Presidente

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