Chuvas devem favorecer o plantio da soja em Mato Grosso
EarthDaily aponta que Goiás e parte do Sul estão com umidade do solo em condições favoráveis para iniciar a semeadura
A safra 2025/26 de cana-de-açúcar no Brasil enfrenta desafios climáticos que impactam produtividade e qualidade, segundo dados Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) analisados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A produção é estimada em 668,9 milhões de toneladas, queda de 1,2% em relação ao ciclo anterior, reflexo de secas, altas temperaturas e geadas que afetaram regiões do Centro-Sul.
De acordo com a análise mensal do CNA referente ao mês de agosto, o índice de toneladas por hectare (TCH) e o teor de açúcar recuperável (ATR) registraram queda, apontando um cenário mais desfavorável. Apesar disso, o mix da safra deve se tornar mais açucareiro, uma vez que o aumento projetado na produção de etanol de milho (+14,5%) permite à indústria destinar maior parte da matéria-prima para açúcar, especialmente diante da queda de 23% nos preços do açúcar em 2025.
A produção de etanol de cana também deve apresentar recuo. Com o início do E30 em agosto, espera-se alta de 5,9% na produção de etanol anidro, mas a produção total (anidro + hidratado) deve cair 3,9%, afetada por fatores como a redução da Conab entre o 1º e 2º levantamento (-2,9%) e o impacto de tarifas aplicadas pelos Estados Unidos, segundo maior importador do etanol brasileiro.
Outro destaque é a mecanização do plantio. Diante da escassez de mão de obra, produtores têm investido em operações semi-mecanizadas, mesmo com custos mais altos. Um levantamento em Goiás pelo Campo Futuro indica que a transição do plantio manual para semi-mecanizado (80% manual e 20% mecanizado) aumentou os custos em 38%, tendência observada em todo o Centro-Sul.
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