Citricultura é comemorada por agricultores familiares na Expointer

O cultivo e a plantação de frutas cítricas, como a laranja e a tangerina, foram comemorados na tarde de sexta-feira (31), no Armazém da Agricultura Familiar, na Expointer 2012. No Dia do Citrus o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, falou sobre a força da agricultura familiar na citricultura e sobre as políticas públicas do ministério que alavancam o setor.

Compondo a mesa dos citrus estavam produtos feitos pela Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus). Sucos de laranja e de tangerina, cuja matéria prima é produzida de forma sustentável. Para Pepe Vargas, um tipo de cultivo que traz muitas vantagens e que o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) tem investido bastante. "Não deixaremos de apoiar os agricultores que não produzem de tal forma, mas queremos incentivar esse tipo de cultivo", afirmou.

A citricultura é uma das principais cadeias de produção do Rio Grande do Sul. Cerca de 20 mil famílias produzem citrus no estado. Só de laranja, o Brasil detém aproximadamente 40% da produção mundial e 59% do processamento de suco dessa fruta

Representando os produtores, o presidente da Ecocitrus, Fábio Esswein, definiu a data como uma oportunidade de divulgar a citricultura, o que contribui para desenvolver ainda mais a atividade no Rio Grande do Sul. Também ressaltou a importância de produzir de forma sustentável. "Trabalhamos um programa de agroecologia há 18 anos, nós não acreditamos que agricultores familiares possam usar agrotóxicos e ficar dependentes de insumos químicos", ressaltou.

A Ecocítrus é responsável por um dos estandes da 14ª Feira da Agricultura Familiar, organizada pelo MDA na Expointer. Os cerca de 90 cooperados se revesam no estande e oferecem aos visitantes sucos de laranja e tangerina, além de óleos essencias. "Queremos mostrar o exemplo da Ecocitrus para todos", conta.

Com sede em Montenegro, a 60 km de Esteio/RS – local do evento-, a cooperativa produz anualmente cerca de três mil toneladas de frutas cítricas e 200 toneladas de suco. De acordo com Fábio, a tangerina corresponde a 70% da produção da Ecocitrus. Para chegar a esse número a entidade acessou várias linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), como o Agroindústria.

Para o presidente da Ecocitrus, o trabalho em equipe foi, e continua sendo, fundamental para chegarem onde estão. "A conclusão que temos é de que sozinho o citricultor não consegue se manter. Ele precisa estar organizado em cooperativas e associações para que possa desenvolver o seu trabalho", salientou.

A linha que financia as cooperativas e associações teve seus limites de crédito ampliados. O limite para financiamento subiu de R$ 10 milhões para R$ 30 milhões para a execução de projetos, com taxa de juros de 2% ao ano. Já a linha com juros de 1% ao ano teve seu limite dobrado, de R$ 500 mil para R$ 1 milhão.