Chuvas impulsionam o desenvolvimento do trigo no Rio Grande do Sul

As condições climáticas das últimas semanas também favoreceram os cultivos de aveia branca, cevada, canola e milho

19.09.2024 | 16:49 (UTC -3)
Taline Schneider, edição Revista Cultivar
Foto: José Schäfer
Foto: José Schäfer

As chuvas registradas no Rio Grande do Sul na última semana foram fundamentais para manter níveis adequados de umidade no solo nas lavouras de trigo. É o que indica o Informativo Conjuntural divulgado hoje pela Emater/RS. O boletim ainda destaca que a maior parte das plantas encontram-se em estágios reprodutivos (40% em floração e 28% em enchimento de grãos), cuja demanda hídrica é maior. Já as lavouras semeadas mais precocemente (1%) iniciaram o processo de maturação. A área cultivada é de 1.312.488 hectares, e a produtividade prevista está em 3.100 kg/ha. 

Os manejos estão em andamento, concentrados na prevenção de doenças. Nas lavouras em estágio vegetativo, é realizado controle de manchas e oídio. Nas áreas em fase reprodutiva, as principais doenças são ferrugem e giberela.  

As condições climáticas – chuvas com períodos secos e temperaturas amenas – favoreceram o crescimento da aveia branca na última semana, resultando em um aumento na área foliar. A maior parte das lavouras estão em períodos reprodutivos e as semeadas mais precocemente encontram-se em colheita. A Emater/RS estima que a área cultivada para a produção de grãos é de 365.590 hectares, e a produtividade de 2.402 kg/ha. 

As chuvas registradas no período foram adequadas e, combinadas a temperaturas entre quentes e amenas, favoreceram o enchimento dos grãos da canola. No entanto, os produtores expressam preocupação em relação ao potencial produtivo devido à baixa luminosidade, que persiste, podendo reduzir o peso e o tamanho dos grãos a serem colhidos nas próximas semanas. A Emater/RS projeta 134.975 hectares cultivados no Estado, e a produtividade inicial está em 1.679 kg/ha. 

Nas últimas semanas, as condições climáticas foram favoráveis para o desenvolvimento da cevada, contribuindo para a manutenção da expectativa de produção inicialmente projetada nas principais zonas de cultivo. A combinação de temperatura, umidade e radiação solar impactou positivamente o crescimento das plantas, ajudando a manter seu potencial. A projeção de cultivo apontada pela Emater/RS é de 34.429 hectares, e a produtividade de 3.245 kg/ha. 

Grãos de Verão 

As condições climáticas favoráveis permitiram a ampliação da semeadura do milho, que alcançou 43% da área projetada na safra 2024/2025. A manutenção do teor de umidade do solo em níveis adequados favoreceu a germinação, a emergência e o crescimento vegetativo inicial da cultura. As lavouras apresentam desenvolvimento e estande de plantas satisfatórios. Para a safra 2024/2025 no Estado, a Emater/RS projeta o cultivo de 748.511 hectares, e a produtividade está estimada em 7.116 kg/ha. 

O milho silagem continua em período de semeadura. O teor de umidade do solo adequado favoreceu a germinação, a emergência e o crescimento vegetativo inicial. No Estado, estão previstos 357.311 hectares de área cultivada para silagem na safra 2024/2025. A produtividade estimada é de 38.440 kg/ha. 

O arroz está em fase inicial de semeadura. O período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) iniciou em 11/09 e se estenderá até 10/12. O Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga) projeta aumento de 5,35% na área de cultivo, totalizando 948.356 hectares em relação à safra 2023/2024, que abrangeu 900.203 hectares. Complementarmente, a Emater/RS estima uma produtividade de 8.478 kg/ha, resultando em produção de 8.040.295 toneladas, o que representa crescimento de 11,69% em comparação a 7.198.527 toneladas produzidas no último ano. 

A Emater/RS conduziu a coleta de dados para a projeção da 1ª safra de feijão, estimando o cultivo de 28.896 hectares, o que representa aumento de 4,55% em relação à área cultivada na safra 2023/2024, que foi de 27.639 hectares. A produtividade projetada é de 1.786 kg/ha, resultando em produção total de 51.609 toneladas, o que corresponde a incremento de 26,86% em comparação à produção obtida na safra anterior. 

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